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O ensaio como ponto de inflexão na escrita acadêmico-científica: subjetividade, acontecimento e forma

Processo: 23/07165-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2023
Data de Término da vigência: 31 de março de 2025
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Linguística - Linguística Aplicada
Pesquisador responsável:Manoel Luiz Gonçalves Corrêa
Beneficiário:João Vitor Moreira
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:22/05908-0 - Aprendizes universitários em práticas contemporâneas de letramento acadêmico-científico para a formação de professores e de pesquisadores globalizados, AP.TEM
Assunto(s):Acontecimento   Subjetividade
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:acontecimento | Ensaio acadêmico | Escrita acadêmico-científica | Forma | subjetividade | Ensino de língua materna

Resumo

Assumimos como tema a configuração do ensaio acadêmico quanto aos seus recortes temáticos, a sua organização argumentativa e à necessária presença do sujeito como fiador de uma posição num dado campo do saber, investigando, no gênero em questão, a dimensão estética e o caráter de produção do novo pela afirmação de um ponto de vista como "inédito". O projeto se justifica, primeiro, pela alta presença de textos ensaísticos em vários domínios disciplinares. Segundo, pela defesa da heterogeneidade das formas de fazer ciência em resposta aos modelos científicos dominantes. Terceiro, porque, por dividir traços com outros gêneros acadêmico-científicos, o ensaio se torna produtivo como recurso de formação. Por fim, a quarta justificativa é a do preenchimento de uma lacuna nos estudos sobre letramento acadêmico-científico: em vez de buscar reproduzir um único modo de escrever na academia (preocupação mais comum), buscar compreender por que reproduzi-lo como único. A pergunta que nos orienta: teria o ensaio um papel indicativo quanto a caminhos para a escrita acadêmico-científica, como visada estética e recurso de formação crítica nas Humanidades? A hipótese é a de que, dado seu caráter avesso à normatização estrita, o ensaio possibilitaria, em contexto de letramento, problematizar as relações de dominância e subalternidade das ciências. A teoria, em perspectiva discursiva em Linguística Aplicada, articula pressupostos da Análise do Discurso de linha francesa com contribuições do chamado círculo de Bakhtin. O corpus reúne, num eixo, relatórios produzidos por estudantes a partir da leitura de excertos de ensaios acadêmicos. Noutro eixo, é constituído por 15 ensaios coletados em três áreas do conhecimento: Linguística, Educação e Jornalismo - 5 ensaios em cada uma. A metodologia consiste em apreender, no material que compõe os dois eixos, representações acerca da relação entre o gênero ensaio, a escrita acadêmico-científica e a imposição de modelos de verdade e de controle da subjetividade. Como contribuição esperada, acreditamos que encarar o ensaio a partir de eventual potencialidade estética possibilitaria relativizar a reprodutibilidade e ampliar a reflexão sobre o fazer científico.

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