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Acoplamento neurovascular e cardiorrespiratório em pacientes com Artrite Reumatoide: mecanismos subjacentes e proposta de contramedida não farmacológica

Processo: 22/15852-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2023
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2023
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Bruno Gualano
Beneficiário:Gabriel Dias Rodrigues
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Reumatologia   Barorreflexo   Cognição   Doenças reumáticas   Circulação cerebrovascular
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:barorreflexo | cognição | controle cerebrovascular | Doenças reumáticas | reflexo inflamatório | Treinamento respiratório | Reumatologia

Resumo

O controle barorreflexo desempenha um papel na manutenção de um gradiente de pressão de perfusão cerebral adequado, tamponando grandes oscilações na pressão arterial. O cérebro, por sua vez, possui mecanismos intrínsecos de regulação do fluxo sanguíneo cerebral (autorregulação) e de acoplamento com a atividade cerebral (acoplamento neurovascular). Pacientes com Artrite Reumatoide (AR) podem apresentar sensibilidade barorreflexa (BRs) e função endotelial reduzidas. Recentemente, uma função cognitiva diminuída foi observada em pacientes com AR, mas sem um entendimento claro dos mecanismos subjacentes. Tanto a BRs como o acoplamento neurovascular estão reduzidos no comprometimento cognitivo leve (MCI) e na doença de Alzheimer; no entanto, não está claro se esse mecanismo está envolvido na função cognitiva reduzida de pacientes com AR. Por sua vez, o treinamento muscular inspiratório (TMI) é uma estratégia não farmacológica capaz de amplificar o acoplamento cardiorrespiratório, reduzir o estado inflamatório, melhorar o controle autonômico cardiovascular e a função endotelial em idosos. No entanto, não se sabe se um efeito semelhante pode ser encontrado em pacientes com AR. Para testar essas hipóteses, o projeto foi dividido em duas etapas: (1) um estudo exploratório e mecanístico investigará se o acoplamento neurovascular e a sensibilidade baroreflexa estão associados à redução da função cognitiva na AR; (2) um ensaio clínico randomizado investigará se o TMI pode atenuar a disfunção autonômica cardiovascular, disfunção endotelial e reduzir a inflamação na AR. Além disso, o IMT poderia aumentar a sensibilidade baroreflexa, melhorar o acoplamento neurovascular e a cognição nesses pacientes. Para isto, 50 mulheres com AR e 50 mulheres saudáveis, constituindo o grupo controle, serão avaliadas na etapa I: (a) avaliação autonômica cardiovascular; (b) avaliação do acoplamento neurovascular e função cognitiva; (c) mensuração de citocinas pró-inflamatórias; (d) avaliação da função endotelial; (e) avaliação clínica global. Na etapa II, 50 mulheres com AR serão randomizadas em dois grupos: o grupo experimental realizará o TMI por meio de um resistor inspiratório regulado a 60% da pressão inspiratória máxima (PIM), 30 respirações, duas vezes ao dia, durante 6 semanas. O grupo placebo (PLA) fará o mesmo programa, exceto para a carga inspiratória, que será fixada em 10% da PIM. Ambas intervenções serão realizadas em domicílio e monitoradas uma vez por semana por meio de vídeo-chamada com os participantes. As avaliações da etapa I serão realizadas antes e após as intervenções (TMI e PLA). Os resultados do projeto poderão contribuir para uma melhor compreensão da fisiopatologia envolvida na disfunção cognitiva em pacientes com AR e para a aplicação do TMI como uma estratégia potencial para contrabalançar os efeitos deletérios da doença. (AU)

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