Papel das vesículas extracelulares na progressão do carcinoma de células renais

• Processo: 23/09378-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado Direto
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2023
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2024
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Imunologia
• Pesquisador responsável: Fausto Bruno dos Reis Almeida
• Beneficiário: Aline Seiko Carvalho Tahyra
• Supervisor: Guido Jenster
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: Erasmus University Rotterdam (EUR), Holanda
• Vinculado à bolsa: 21/12951-6 - Papel das vesículas extracelulares para a progressão do Carcinoma de Células Renais, BP.DD
• Assunto(s): Carcinoma de células renais Hipóxia Metástase Vesículas extracelulares Neoplasias
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: carcinoma de células renais | cultura 3D | hipóxia | Metástase | vesículas extracelulares | câncer

Resumo

O câncer representa um conjunto de doenças neoplásicas malignas e é uma das principais causas de morte em todo o mundo. O câncer de rim representa 4,6% do número total de diagnósticos de câncer em 2020, segundo a OMS. Apesar do baixo percentual, representa aproximadamente 430.000 casos, dos quais 90% correspondem ao Carcinoma de Células Renais (CCR). Essa neoplasia tem origem nas células epiteliais tubulares do néfron, a unidade funcional do rim. A sobrevida relativa em 5 anos está diretamente relacionada ao estágio do tumor ao diagnóstico, havendo queda drástica da taxa quando identificado no estágio metastático. Atualmente vivemos a "Golden Age" em relação ao estado da arte na pesquisa do câncer renal, mas para superar os alarmantes dados epidemiológicos, ainda é necessário aprofundar o conhecimento da biologia dessa neoplasia. Em relação à biologia celular, as vesículas extracelulares (EVs) surgiram como um novo paradigma de comunicação em estados fisiológicos e patológicos. Apesar das evidências de seu papel em vários tumores, pouco se sabe sobre as EVs no contexto do CCR. Assim, este projeto visa aprofundar a contribuição de EVs em hipóxia e metástase. Para este estudo, a técnica de cultura 3D está sendo implementada, permitindo a mimetização da arquitetura do tumor com maior similaridade do que o objetivo da cultura 2D. Mais especificamente, por meio de culturas 3D, propomos os seguintes objetivos: (i) correlacionar a expressão de HIF-1± em EVs com a adaptação metabólica observada na tumorigênese do CCR; (ii) avaliar a expressão dos marcadores de metástases CXCR4 e vimentina em EVs e correlacionar com a capacidade migratório-invasiva de células tumorais de CCR; e (iii) identificar o perfil do proteoma a partir do conteúdo de EVs derivados de CCR. Assim, espera-se trazer à tona novas perspectivas sobre a contribuição dos EVs para o desenvolvimento do CCR, buscando abrir portas para novos estudos e aplicações clínicas como a investigação de biomarcadores e alvos terapêuticos. (AU)