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Ressonância Magnética Contrastada: Nova Ferramenta de Imagem Como Alternativa Não Invasiva Para a Detecção de Alterações Miocárdicas na Avaliação da Fibrose Cardíaca

Processo: 23/08659-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2024
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2026
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Radiologia Médica
Pesquisador responsável:Carlos Eduardo Rochitte
Beneficiário:Telma Mary Nakata
Instituição Sede: Instituto do Coração Professor Euryclides de Jesus Zerbini (INCOR). Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Função cardíaca   Imagem molecular   Ressonância magnética
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:contrastes superparamagneticos | fibrose cardíaca | Função cardíaca | imagem molecular | Ressonância Magnética

Resumo

A ressonância magnética cardíaca (RMC) é um método único pela sua capacidade de oferecer várias modalidades diferentes de imagem para determinar o prognóstico através da determinação da viabilidade do miocárdio e tem valor preditivo para eventos cardiovasculares futuros. Neste sentido, o estagiamento por meio de imageamento sequencial utilizando modalidades mais específicas da RMC ainda é incipiente. Recentemente, com avanços nos estudos da insuficiência cardíaca, compreendeu-se a importância da disfunção diastólica cardíaca e outra forma de insuficiência cardíaca com preservação da fração de ejeção foi definida. Na insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP ou HFPEF), observa-se uma redução na função diastólica ventricular resultante de redução na complacência miocárdica e do aumento das pressões de enchimento ventricular. Estas alterações são também as principais causas do aparecimento de sinais clínicos congestivos que levam às hospitalizações frequentes destes pacientes. As alterações na função diastólica têm como base a deposição excessiva de colágeno na matriz extracelular. Não existem estratégias terapêuticas específicas para evitar o acúmulo de colágeno no miocárdio. Pesquisas recentes sugerem que a presença de ligações cruzadas entre as moléculas de colágeno podem ser a causa da baixa resposta ao tratamento. A pergunta ampla deste projeto é se o imageamento sequencial pela modalidade de imagem por ressonância magnética cardíaca (RMC) utilizando um novo agente de contraste à base de nanopartícula, usTiO2NP, pode detectar precocemente deposição de fibrose no miocárdio quando comparado à RMC contrastada utilizando agente de contraste à base de gadolínio (Gd) que é rotineiramente usado na clínica. A RMC utilizando contraste por nanopartícula paramagnética é uma técnica promissora recente em estudo que visa a conjunção de terapia e diagnóstico, conhecida como nanomedicina teranóstica. A expressão de proteínas específicas nos tecidos onde a produção de fibras colágeno está aumentada, bem como na formação de ligações cruzadas dessas fibras, podem funcionar como biomarcadores e assim serem rastreados durante o processo fisiopatológico. Portanto, o presente projeto é um passo inicial para estabelecer as bases para possibilitar o desenvolvimento de imageamento molecular, utilizando a RMC para o melhor entendimento de mecanismos patofisiológicos relacionados à progressão da ICFEP, bem como validar provas de conceito que dêem suporte à proposta. Os objetivos específicos são: (1) Utilizar agente de contraste à base da nanopartícula paramagnética (usTiO2NP) para demonstração de fibrose cardíaca no modelo experimental de ICFEP; (2) Validar o novo contraste pela avaliação do realce da lesão miocárdica pela RMC, comparando ao agente de contraste à base de gadolínio, em distintas fases da progressão da doença; (3) Correlacionar os marcadores nas imagens de RMC descritos no objetivo 2 com alterações hemodinâmicas e estruturais no miocárdio ventricular investigadas por ecocardiografia e histologia. Este estudo pode levar ao avanço na detecção precoce de alterações estruturais cardíacas relacionadas à disfunção diastólica por método não invasivo através da validação e disponibilização de uma estratégia clínica original de imageamento e com potencial translacional, gerando dados para o registro de patente do produto.

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