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História Evolutiva dos Antigos Cães Domésticos da Patagônia Atlântica

Processo: 24/10781-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2024
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2025
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Genética - Genética Animal
Pesquisador responsável:Tábita Hünemeier
Beneficiário:Gabriel Monteiro Lauria
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:21/06860-8 - Rastreando mudanças evolutivas na América pré e pós-contato usando dados genômicos de séries temporais, AP.JP2
Assunto(s):Américas   DNA antigo   Genomas   Povos indígenas   Evolução molecular
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:América | Cães domésticos | DNA antigo | Genomas | Indígenas | Genética Evolutiva

Resumo

A história populacional dos cães nativos americanos é pouco conhecida, uma vez que a chegada dos colonizadores europeus resultou na extinção em massa desses animais. Entretanto, sabe-se que eles teriam se originado no continente euro-asiático e que sua presença na América pode ser rastreada sem controvérsia até aproximadamente 10.000 anos atrás. A presença canina no continente seria, portanto, uma consequência direta da dispersão humana. Na América do Sul, a presença de cães torna-se mais comum por volta de 3.500 anos Antes do Presente (AP), especialmente nas sociedades andinas, contudo, fora desse contexto, o registro desses animais diminui significativamente. Em toda a região que abrange os territórios argentino, uruguaio, chileno e parte do sul do Brasil, cães pré-contato foram identificados em apenas 24 sítios arqueológicos de grupos caçadores-coletores, datando de 2.400 a 900 anos AP. Diante deste panorama, novas ossadas vêm sendo descobertas no continente sul-americano, entre elas a descoberta de um cão (Canis familiaris) em um sítio arqueológico na costa sul do lago Colhué Huapi, na Patagônia Central. Logo após essa descoberta, outros seis indivíduos com morfologia similar foram identificados em coleções pré-existentes. Esses sete indivíduos tiveram seu DNA extraído e sequenciado em colaboração com a California State University, e a análise dos dados obtidos desses sequenciamentos faz parte do escopo deste projeto de mestrado.Temos como objetivo analisar a ancestralidade e a diversidade genética dos indivíduos encontrados no lago Colhué Huapi, a fim de determinar sua origem e incorporá-los ao contexto histórico das migrações e interações entre diferentes povos humanos na América do Sul. Faremos isso a partir da realização dos seguintes objetivos: determinar a origem e ancestralidade dos indivíduos encontrados e relacioná-las a outras populações caninas antigas; determinar se há ou não miscigenação com cães europeus nos indivíduos mais recentes; e estabelecer a demografia da população de canídeos da Patagônia Atlântica e o impacto da colonização europeia sobre essa população. Realizaremos essas análises por meio do Escalonamento Multidimensional (Multidimensional Scaling, MDS) e estatística F3 entre os indivíduos e um banco de dados de canídeos, montado a partir de dados publicamente disponíveis. Vale lembrar que esses dados originais pertencem às amostras arqueológicas de canídeos mais ao sul da América já encontradas. Nesse contexto, a determinação da origem americana desses indivíduos seria um achado ímpar na história evolutiva das populações de canídeos americanos, bem como poderia elucidar o relacionamento das diversas populações humanas da região entre si.

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