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Efeito do ácido eicosapentaenoico na forma de etil-éster(IPE) na redução do risco residual em pacientes submetidos à prevenção secundária de doenças cardiovasculares. Um ensaio clínico randomizado, controlado por placebo, paralelo e duplo-cego.

Processo: 23/15575-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Vigência (Início): 01 de novembro de 2024
Vigência (Término): 31 de maio de 2027
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Nutrição - Bioquímica da Nutrição
Pesquisador responsável:Inar Castro Erger
Beneficiário:Vivian Moura Massari
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Aterosclerose   Ácidos graxos ômega-3   Nutrição experimental
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:atherosclerosis | clinical trial | Eicosapentaenoic | ômega 3 | Oxylipins | Trans-resveratrol | Nutrição Experimental

Resumo

As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de mortalidade global, apesar dos avanços significativos na prevenção e no tratamento. A aterosclerose, uma condição inflamatória crônica, está subjacente a eventos isquêmicos, como infarto e acidente vascular cerebral, desencadeados pela instabilidade e ruptura de placas. As diretrizes atuais recomendam medicamentos destinados principalmente à redução do colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C), da pressão arterial e dos níveis de glicose em pacientes com aterosclerose. No entanto, há poucas opções de medicamentos aprovados que visem especificamente a inflamação nas placas arteriais. Consequentemente, uma proporção significativa de pacientes enfrenta riscos residuais. Pelo contrário, numerosos estudos destacaram os efeitos anti-inflamatórios proporcionados pelos ácidos gordos ómega-3 (n-3 FA), especialmente o ácido eicosapentaenóico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA), e suas oxilipinas derivadas. Estas moléculas apresentam a capacidade de melhorar o fenótipo dos macrófagos, aumentando a sua capacidade de eferocitose, melhorando assim a estabilidade da placa. Icosapent etil (IPE) é uma versão esterificada do ácido eicosapentaenóico (EPA) e atua como um pró-fármaco no corpo para exercer seus efeitos. O ácido eicosapentaenóico na forma de etil-éster (IPE) foi o primeiro produto de óleo de peixe aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA para reduzir o risco de doença cardiovascular aterosclerótica (ASCVD) em adultos. Portanto, a hipótese deste estudo é que a suplementação de pacientes com EIP, além de seu tratamento clínico padrão, aumentará a funcionalidade dos macrófagos, reduzindo assim os biomarcadores de estresse inflamatório e oxidativo em comparação com um placebo. Para testar esta hipótese, será realizado um ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, no qual 294 pacientes em prevenção secundária para DCV receberão uma suplementação de 6 meses de ácido eicosapentaenóico purificado-icosapente etílico (4,0 g) diariamente ou um Placebo (óleo de milho). Amostras de sangue e medidas antropométricas serão coletadas no início e no final do período. Marcadores clínicos básicos serão avaliados e monócitos serão coletados e caracterizados. Perfis de ácidos graxos e oxilipinas serão determinados através de cromatografia acoplada a espectrometria de massas. Por fim, as alterações nos biomarcadores de ambos os grupos passarão por análise multivariada para identificar características associadas à resposta à suplementação. Os dados deste estudo visam fornecer subsídios para os médicos considerarem a prescrição de compostos bioativos como terapia complementar para a aterosclerose, com o objetivo de reduzir riscos residuais e, posteriormente, diminuir a mortalidade resultante de eventos cardiovasculares.

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