Busca avançada
Ano de início
Entree

Fluir venenos, criar florestas: uma etnografia da farmacopeia nos quilombos de Guaraqueçaba, Leste do Paraná, Brasil

Processo: 24/11749-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2025
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2027
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia - Antropologia das Populações Afro-brasileiras
Pesquisador responsável:Felipe Ferreira Vander Velden
Beneficiário:Priscila Ambrósio Moreira
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):Ecologia histórica   Territorialidade
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Ecologia Histórica | Ecologia sensorial | Etnografias multiespécie | Territorialidade | etnografias multiespécie

Resumo

O objetivo desta pesquisa é descrever a ecologia sensorial e multiespécie na qual a farmacopeia nos quilombos de Batuva e Rio Verde em Guaraqueçaba, no Leste do Paraná está imersa. Será analisada a hipótese que as relações mediadas pelas substâncias produzidas pelos vegetais, sejam medicinais ou venenosos, justamente por seu caráter dinâmico e contingente, podem ser excelentes para analisar as escalas temporais mais recentes (pós-1492) na produção das florestas, aspecto que tem recebido menos atenção na ecologia histórica das paisagens neotropicais e importante para indicar as contribuições quilombolas na promoção de biodiversidade. A partir das qualidades sensíveis da forma como os quilombolas pensam e se relacionam com os vegetais medicinais e venenosos, os tópicos de interesse da pesquisa indicarão quem conhece estes organismos, como e por que os conhecem, e de que maneiras os conhecimentos e usos dessas substâncias são concebidos e agenciados nas relações intraespecíficas e interespecíficas. Desse modo, espera-se situar a territorialidade nestes quilombos à luz de uma etnografia da farmacopeia quilombola em um território com rico repertório de práticas de medicina tradicional e que aguarda a titulação coletiva da terra. Esta pesquisa oferecerá oportunidade de estabelecer diálogos entre a Biologia e a Antropologia, no cruzamento entre ecologia sensorial, ecologia química e etnografia multiespécies. Assim, as relações animal-planta, fitoquímica e construção das paisagens podem ser mais amplamente discutidas a partir de diferentes especialistas e práticas científicas. Pretende-se, desse modo, criar condição para acolher os conhecimentos quilombolas nos currículos e práticas universitárias. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre a bolsa:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)