Avaliação do perfil de infecção e resposta a Covid-19 de células alveolares diferenciadas a partir iPSCs de voluntários centenários.

• Processo: 24/20965-5
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
• Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2025
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Genética - Genética Humana e Médica
• Pesquisador responsável: Mayana Zatz
• Beneficiário: Ana Paula Barreto de Paiva
• Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 13/08028-1 - CEGH-CEL - Centro de Estudos do Genoma Humano e de Células-Tronco, AP.CEPID
• Assunto(s): COVID-19
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Alveolosferas | centenários | Covid-19 | Diferenciação de células alveolares | Genética de centenários | Genética humana

Resumo

A COVID-19 foi a terceira maior causa de mortalidade no mundo em 2020 e a segunda em 2021. Quase 13 milhões de vidas foram perdidas durante esse período devido à infecção pelo vírus SARS-CoV-2. A edição de 2024 das Estatísticas de Saúde Mundial, divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), revela que a pandemia da COVID-19 eliminou quase uma década de progresso na melhoria da expectativa de vida em apenas dois anos. Ela afetou, principalmente, as populações mais velhas. O percentual de idosos entre os mortos se mantém no maior patamar desde março de 2020, quando a OMS declarou a pandemia da doença. Dentro desse grupo, aqueles com mais de 80 anos foram as principais vítimas da doença: 43,3% do total de mortes até janeiro de 2023.O envelhecimento afeta múltiplos sistemas no organismo, resultando em uma série de mudanças complexas e interconectadas, gerando um quadro de crescente fragilidade. Apesar desse padrão, existe um grupo de superidosos que demonstra um perfil biológico diferenciado, superando até infecções graves, como a COVID-19, sem complicações significativas.Nesse contexto, o objetivo desse trabalho é investigar, num modelo in vitro, as diferenças de resposta à covid-19 entre centenários assintomáticos e centenários hospitalizados após contrair o vírus SARS-CoV-2. Para isso, utilizaremos células alveolares diferenciadas a partir de iPSCs dos centenários da coorte de superidosos do CEGH-CEL. As culturas 3D serão submetidas à infecção pela mesma cepa do vírus que infectou os voluntários, e perfis de expressão molecular e de citocinas serão avaliados. O plasma coletado do sangue dos superidosos também terá seu perfil de citocinas analisado, o qual será comparado aos resultados in vitro. O objetivo geral é identificar possíveis indicadores de proteção genética que explique os quadros assintomáticos, e a possível validação do modelo para estudos de avaliação genética.