Senescência neutrofílica, comorbidades e desfechos clínicos na sepse.

• Processo: 25/02074-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2028
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Farmacologia - Farmacologia Geral
• Pesquisador responsável: Alessandra Gambero
• Beneficiário: Maria Carolina Ximenes de Godoy
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 24/01637-7 - "Multimorbidade e imunossenescência: senescência celular e desfechos clínicos na sepse"., AP.R
• Assunto(s): Comorbidade Imunossenescência Neutrófilos Sepse Senescência celular
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: comorbidade | imunossenescência | Multimorbidade | neutrófilos | sepse | Senescência celular

Resumo

Nos últimos milênios, a expectativa de vida aumentou drasticamente, de apenas 25 anos durante as idades do Bronze e do Ferro à atual que é superior 80 anos em países desenvolvidos. No entanto, o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento representam os fatores de risco não modificáveis mais importantes para diversas doenças. A expansão de neutrófilos imunossupressores CD16bright/ D62Ldim circulantes com o envelhecimento foi relatada e foi associada à redução da atividade fagocítica e migratória que prejudicam o hospedeiro nas respostas às infecções, mas ao mesmo tempo aumentam o potencial de danos ao hospedeiro pela inflamação, produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) e pela atividade de proteases. O envelhecimento do sistema imunológico, conhecido imunossenescência é decorrente do envelhecimento cronológico (ou telômero-dependente), mas também pode estar associado a fatores ambientais como a nutrição e inatividade física, comorbidades metabólicas como a obesidade e diabetes, a carga de exposição antigênica durante a vida, danos induzidos por estresse como o nível aumentado de espécies reativas de oxigênio (ROS) e disfunção mitocondrial e, alterações epigenéticas, sendo neste caso denominada senescência precoce.A sepse ainda é um desafio de saúde pública, a principal causa de mortes dentro das unidades de tratamento intensivo (UTIs). Segundo a Organização Mundial da Saúde, a sepse mata 11 milhões de pessoas a cada ano e incapacita outros milhões. No Brasil, estima-se que ocorram 240 mil mortes ao ano em decorrência de sepse. A sepse é uma síndrome complexa que se desenvolve como uma resposta desregulada do hospedeiro a uma infecção, associada à disfunção orgânica aguda grave. Os neutrófilos são componentes cruciais da resposta imune inata durante a sepse e a imunossenescência neutrofílica não foi ainda avaliada neste contexto. Assim, nosso objetivo principal é avaliar se pacientes com morbidades que estão associadas à imunossenescência apresentam piores desfechos na sepse e se estes desfechos se correlacionam com a presença de senescência neutrofílica.