Transnacionalizando valores familiares: o espalhamento do ecossistema antigênero a partir da atuação brasileira e estadunidense entre 2017 e 2022

• Processo: 24/06952-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2025
• Data de Término da vigência: 29 de fevereiro de 2028
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Ciência Política - Política Internacional
• Pesquisador responsável: Daniel Damasio Borges
• Beneficiário: Tatiane Moura Amaral
• Instituição Sede: Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais (IPPRI). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Brasil Práticas
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Antigênero | Brasil | Estados Unidos da América | Neoconservadorismos | prática | Antigênero

Resumo

Esse projeto busca avaliar como as ofensivas antigênero aprofundaram sua transnacionalização através da atuação internacional estatal e não-estatal do Brasil e dos Estados Unidos da América em temas de gênero e sexualidade entre 2017 e 2022. No contexto em que a agenda antigênero se tornou o guia e a âncora das políticas públicas brasileira e estadunidense, pretendemos analisar a atuação de atores neoconservadores nesse novo momento de avanço da extrema direita. Partimos da literatura feminista nas Relações Internacionais, para utilizar seu arcabouço teórico, combinada à literatura de política externa e à literatura emergente sobre as ofensivas antigênero para explorar a intensificação do espalhamento transnacional desse fenômeno. O projeto objetiva verificar a hipótese de que estes dois países tiveram atuação fundamental para o crescimento e a transnacionalização do movimento antigênero e a efetivação de sua agenda. Para isso, pretende, focalizando os espaços da Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW) e do Sistema Interamericano de Direitos Humanos (SIDH), encontrar e sistematizar os atores, as estratégias, os motivos e as narrativas utilizadas nessas relações entre atores estatais, entre atores não-estatais e desses grupos entre si que aprofundaram o avanço das demandas ultraconservadoras. Utilizaremos o ferramental analítico oferecido pelo practice tracing, que nos permite pensar as práticas dos atores determinados nos contextos da CSW e do SIDH, com o objetivo de produzir compreensões analiticamente gerais sobre as próprias mobilizações antigênero.