Interação entre o peptídeo FISGA e Stratifin no câncer de cabeça e pescoço

• Processo: 24/13422-5
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de julho de 2028
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina
• Pesquisador responsável: Luisa Lina Villa
• Beneficiário: Jaqueline Rhoden
• Instituição Sede: Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (ICESP). Coordenadoria de Serviços de Saúde (CSS). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Neoplasias de cabeça e pescoço Infecções por Papillomavirus Peptídeos Phage display Oncologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: câncer de cabeça e pescoço | papilomavírus humano | peptídeo | phage display | stratifin | Oncologia

Resumo

O carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço (CCECP) apresenta uma prevalência mundial considerável e com baixa sobrevida, acometendo regiões anatômicas com funções básicas, como fala e deglutição. É uma doença de causa multifatorial, envolvendo interações entre fatores genéticos, ambientais e comportamentais, como tabagismo, consumo excessivo de álcool e infecção pelo papilomavírus humano (HPV). Em países da Europa Ocidental e nos Estados Unidos, o HPV é responsável por 70% dos casos de câncer da orofaringe. As abordagens terapêuticas variam de acordo com o estágio e localização da doença, porém, o diagnóstico comumente ocorre em estágio mais avançado, o que gera um desafio para um tratamento efetivo. Dessa forma, evidencia-se a necessidade do desenvolvimento de novas modalidades terapêuticas e técnicas de diagnóstico mais eficientes e menos invasivas. A partir de um estudo anterior desenvolvido pelo nosso grupo de pesquisa no qual a proteína Stratifin (SFN) foi caracterizada em CCECP, delineou-se este projeto com o intuito de investigar um peptídeo (denominado FISGA) identificado por phage display e avaliar a interação FISGA-SFN, compreendendo sua ligação e possíveis consequências dessa interação, uma vez que podem ser variadas diante da diversidade de ações da SFN na célula. Para tal, utilizaremos diferentes linhagens celulares provenientes de CCECP (HPV positiva e negativa), a fim de realizar ensaios com bacteriófagos recombinantes e peptídeos sintetizados para avaliar a ligação de FISGA com SFN e a internalização celular. Para uma compreensão aprofundada e avaliação das alterações no perfil proteico das células tumorais, realizaremos uma análise proteômica. Consideramos, ainda, explorar a possibilidade de combinar o peptídeo com tratamentos quimioterápicos existentes, avaliando sinergias possíveis por meio de ensaios de viabilidade celular e análise de isobolograma. Esperamos esclarecer o papel da interação FISGA-SFN no câncer de cabeça e pescoço, explorando novas abordagens diagnósticas ou terapêuticas.