Investigação da complexidade motora e do controle neuromuscular por EMG de alta densidade em indivíduos jovens com instabilidade crônica de tornozelo

• Processo: 25/10622-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2026
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Fisioterapia e Terapia Ocupacional
• Pesquisador responsável: Isabel de Camargo Neves Sacco
• Beneficiário: Lucas da Silva Fernandes
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Biomecânica Eletromiografia Instabilidade Tornozelo
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Biomecânica | eletromiografia | entorse | Instabilidade | testes funcionais | Tornozelo | Biomecânica

Resumo

Contexto: A instabilidade crônica do tornozelo (ICT) é uma condição musculoesquelética prevalente, decorrente frequentemente de entorses laterais recorrentes. Ela se manifesta por episódios repetidos de falseio, dor persistente e limitação funcional, mesmo na ausência de lesões estruturais evidentes. Estudos têm demonstrado que indivíduos com ICT apresentam déficits de controle motor e ativação neuromuscular, os quais podem ser investigados com maior precisão por meio da eletromiografia de alta densidade (EMG-HD), uma técnica capaz de captar a organização espacial e temporal da atividade muscular. Paralelamente, testes funcionais como o Y-Balance Test (YBT) e o Side Hop Test têm mostrado sensibilidade para identificar déficits de estabilidade dinâmica e controle postural em indivíduos com ICT, sendo amplamente utilizados na avaliação clínica e científica. Objetivo: Investigar a magnitude da variabilidade (desvio padrão e coeficiente de variação) e a estrutura da variabilidade (sample entropy) dos sinais de força e eletromiografia (EMG-HD) de músculos do tornozelo (tibial anterior, gastrocnêmio medial e fibular longo) durante contrações isométricas de baixa intensidade (10%, 30%, 50% e 70% da contração voluntária máxima) em diferentes direções (flexão, extensão, inversão e eversão), e correlacionar esses achados com o desempenho funcional em testes clínicos (Y-Balance Test e Side Hop Test) em indivíduos com ICT e controles saudáveis. Métodos: Trata-se de um estudo observacional analítico transversal com participação de indivíduos fisicamente ativos, distribuídos em dois grupos: ICT e controle, totalizando 34 indivíduos, sendo a amostra calculada com base no tamanho de efeito de 0,42, poder estatístico de 0,80, nível de significâncias de 0,05 e ANOVA para medidas repetidas (4 níveis) e dois grupos. Os 34 participantes realizarão contrações isométricas do tornozelo em diferentes direções e intensidades em um dinamômetro customizado, com aquisição simultânea dos sinais de força e EMG-HD. Serão extraídas as seguintes variáveis dos sinais EMG: amplitude (RMS), estrutura (sample entropy) e magnitude da variabilidade (desvio padrão e coeficiente de variação). Os testes YBT e Side Hop Test serão conduzidos de acordo com protocolos padronizados, com coleta de métricas como alcance absoluto e normalizado (YBT) e tempo total para dez saltos (Side Hop Test). Os dados serão analisados estatisticamente para comparação entre grupos e análise de correlação entre variáveis neuromusculares e funcionais. (AU)