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A produção de "papéis híbridos": circulação da expertise psicológica entre os EUA e o Brasil (1945-1964)

Processo: 25/15221-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2025
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2026
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
Pesquisador responsável:Marcia Cristina Consolim
Beneficiário:Rafael do Nascimento de Andrade
Supervisor: Gil Eyal
Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Columbia University in the City of New York, Estados Unidos  
Vinculado à bolsa:24/13633-6 - ars psichologiae: formação disciplinar da psicologia brasileira (1945-1969), BP.MS
Assunto(s):História da psicologia   Sociologia da ciência   Sociologia histórica
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Expertise | história da psicologia | Otto Klineberg | Sociologia da Ciência | Sociologia histórica | Sociologia dos Intelectuais

Resumo

Este projeto analisa a circulação transnacional da expertise psicológica entre os Estados Unidos e o Brasil no período de 1945 a 1964, investigando de que maneira os intercâmbios intelectuais e institucionais contribuíram para a institucionalização da psicologia científica brasileira. A hipótese central sustenta que homologias estruturais entre as universidades e o papel desempenhado por mediadores possibilitaram a hibridização de modelos teórico-práticos, influenciando a profissionalização da psicologia no Brasil em contextos sociais e políticos específicos. Nos Estados Unidos, a psicologia consolidou-se como ciência por meio de figuras como William James, John Watson, B. F. Skinner e Franz Boas, amparada por instituições acadêmicas e fundações privadas. Após 1945, a Guerra Fria ampliou seu papel em projetos governamentais (educação, saúde mental, indústria), vinculando-a a políticas públicas. No Brasil, a psicologia surgiu tardiamente, atrelada inicialmente à medicina e à filosofia. A criação da USP (1934) e a atuação das missões francesas estabeleceram as bases acadêmicas da disciplina, mas foi a influência norte-americana no pós-1945 que acelerou sua disciplinarização. Mediadores como Klineberg e Keller adaptaram modelos culturalistas e behavioristas às demandas locais, fortalecendo departamentos e associações que passaram a posicionar a psicologia como um tema transversal à vida social. Os objetivos da pesquisa incluem: analisar as trajetórias de Klineberg e Keller, suas redes e estratégias de circulação de saberes; examinar a integração entre modelos norte-americanos, tradições europeias e necessidades locais; comparar os processos de institucionalização da psicologia nos dois países; e mapear o papel de psicólogos brasileiros na mediação de ideias. As fontes mobilizadas abrangem arquivos, correspondências, publicações e registros institucionais brasileiros. A metodologia adotada envolve análise de redes, bibliometria, lexicologia e prosopografia, com vistas à reconstrução das práticas intelectuais e das disputas simbólicas em jogo. A pesquisa contribui para a sociologia da ciência e os estudos sobre expertise, ao destacar a psicologia brasileira como produto de mediações entre o global e o local, a academia e a política, a ciência e a sociedade. (AU)

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