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Escola, saber-poder e amizade: um estudo foucaultiano das formas de sujeição e resistências em busca da autonomia de pensamento

Processo: 06/05160-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de março de 2007
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2008
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Fundamentos e Medidas da Psicologia
Pesquisador responsável:Hélio Rebello Cardoso Júnior
Beneficiário:Lucilla Panacioni de Araujo
Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL-ASSIS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Assis. Assis , SP, Brasil
Assunto(s):Sujeito   Pensamento   Amizade   Interação professor aluno
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Amizade | Autonomia De Pensamento | Educacao | Escola | Foucault | Saber Poder | Filosofia Contemporânea

Resumo

Pode-se considerar a obra de Foucault a partir de três eixos temáticos: o eixo do saber, ao qual ele se dedicou na década de 60; o eixo do poder, no qual ele concentrou-se na década seguinte; e o eixo do sujeito, estudado nos anos 80. Foucault, porém, sublinha que os três eixos se entrelaçam, principalmente se considerarmos seu conceito da experiência que forma o sujeito, qual seja, a correlação entre os campos de saber, os tipos de normatividade e as formas de subjetividade existentes numa cultura. A partir de relatórios confeccionados durante o estágio curricular da disciplina Prática de Ensino em uma escola municipal do primeiro ciclo do Ensino Fundamental da cidade de Assis/SP, foi possível encontrar nesta instituição vários aspectos do saber-poder citados na obra de Foucault: os jogos de verdade, a vontade de verdade, a apropriação de discursos médicos e psicológicos; o poder disciplinar, o adestramento dos corpos com vistas a torná-los dóceis, a vigilância hierárquica, a sanção normalizadora, o exame, entre outros. E, através dos recortes do cotidiano dessa escola e desse paralelo feito entre a analítica do primeiro e segundo eixos da obra de Foucault e a experiência vivenciada pela autora durante o estágio, encontramos, no terceiro eixo de seus estudos, a possibilidade de transformar esse indivíduo, antes preso a essa sujeição, em sujeito ativo em sua autoconstituição que, através de práticas de si, alcance uma estética da existência. Para tanto, cabe buscar no conceito foucaultiano de amizade uma saída para a construção de uma nova relação professor-aluno e, consequentemente, um novo sujeito e uma nova instituição, pautada em outros paradigmas. Aí se encontra o desafio: é possível quebrar com a maquinaria do saber-poder imanente às instituições e fazer da escola um instrumento de resistência em favor de uma estética da existência do autogoverno e da autonomia de pensamento? (AU)

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