Reality-shows: a tv na era da globalização

• Processo: 03/07427-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2003
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2004
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
• Pesquisador responsável: Renato Bueno Franco
• Beneficiário: Rodrigo Boldrin Bacchin
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araraquara. Araraquara , SP, Brasil
• Assunto(s): Indústria cultural Programa de televisão Reality show
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Industria Cultural | Reality Shows | Televisao E Globalizacao

Resumo

A pesquisa tem como objetivo elaborar uma reflexão acerca da televisão na época da globalização. Para tanto, tentarei investigar, a partir do material bibliográfico e do referencial teórico - as teorias dos autores da Escola de Frankfurt a natureza dos "reality-shows". Os reality-shows podem ser vistos como "programas de televisão que transformam em espetáculo a privacidade de pessoas inicialmente anônimas". O "Big Brother" surge em 1999 na Holanda, com grande sucesso. Ele é um dos primeiros programas verdadeiramente mundial de televisão, responsável por espalhar a febre dos reality-shows pelo mundo. O "Big Brother Brasil" começa em 2002, sendo um grande sucesso de audiência. Os três programas da série apresentam características semelhantes quanto aos seus participantes, seguindo o mesmo perfil básico. Aqueles que obtém empatia com o público são "personagens" simples, que sugerem autenticidade. A forma como é conduzido o programa - a edição, o papel desempenhado pelo apresentador - são flagrantes de um tipo de manipulação. Adorno (1963) defende idéia de que a televisão se articula de forma a não permitir a reflexão do indivíduo, que o mundo mostrado por ela é a sua representação do mundo, não o mundo "em si". Bourdieu (1997) chama a atenção para a ação simbólica da tv que atrai a atenção para fatos que devem interessar a todos sem ter conseqüências. (AU)