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Santos: time da diaspora

Processo: 08/56394-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2009
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2011
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia - Antropologia das Populações Afro-brasileiras
Pesquisador responsável:Kabengele Munanga
Beneficiário:José Paulo Florenzano
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Diáspora   Relações de poder
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Democracia Racial | Diaspora | Futebol Arte | Identidade Negra | Praticas De Liberdade | Relacoes De Poder

Resumo

De 1956 a 1974, no decorrer da assim denominada era Pele, o Santos veio a se constituir no time de maior projeção no universo esportivo mundial, sendo reverenciado dentro e fora do país como a expressão máxima do futebol-arte. No entanto, apesar da hegemonia exercida ao longo de quase vinte anos de intensa atividade -, são praticamente inexistentes os estudos acadêmicos dedicados ao tema. A presente pesquisa almeja não apenas preencher esta lacuna, como, sobretudo, situar o alvinegro praiano em uma perspectiva analítica inovadora, capaz de projetá-lo na esfera mais abrangente do Atlântico Negro. Nesse sentido, ela percorre três pontos estratégicos desta cartografia cultural: em primeiro lugar, resgata a significação histórica das viagens do Santos aos países africanos, empreendidas no contexto da luta de libertação nacional em curso no referido continente; em segundo lugar, desenvolve o exercício comparativo entre os dois atletas do século, Muhammad Ali e Pele, tendo em vista a discussão das relações raciais nos Estados Unidos e no Brasil; por fim, analisa a apropriação da figura de Bob Marley pela Torcida Jovem do Santos, isto é, a transformação do músico jamaicano no símbolo de uma esquadra cuja trajetória entrelaçava, não sem ambigüidades, o mito da democracia racial e a afirmação de uma nova consciência negra. Trata-se, portanto, de seguir os passos do time da diáspora através do circuito comunicativo acima delineado, seja para estabelecer os significados que a viagem encerra, seja para traçar os contornos da identidade pan-africana que dela emergem, ou, ainda, para redefinir a noção de futebol-arte com a qual ela se encontra associada. (AU)

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