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Arcadas: Um Estigma ao Avesso? - Etapas de (des)construção e de mortificação do eu nos rituais de passagem da Faculdade de Direito do Largo São Francisco

Processo: 10/02984-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2010
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2012
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia
Pesquisador responsável:Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer
Beneficiário:Jessica Maria Benedetti
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Estigma
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Antropologia do Direito | dos Rituais e das Profissões | estigma | Faculdade de Direito do Largo São Francisco | mortificação do eu | rituais de passagem | Antropologia do Direito, Antropologia dos Rituais, Antropologia das Profissões

Resumo

A construção da identidade universitária de um estudante é pautada não apenas pelas características de seu ethos profissional, mas também pelo conjunto de tradições que este celebra durante a graduação. Os rituais de iniciação e de passagem, além de marcarem profundamente as histórias pessoais de quem os vivencia e de condicionarem fases de transição no processo de constituição dos papéis sociais e de transformação do eu, propiciam a reprodução de valores institucionais e a produção de posturas que questionam o status quo cultuado pela coletividade-todo na qual o indivíduo busca se inserir. Tal dinâmica rege, com especial contundência, a estética dos ritos e das festividades em instituições centenárias de ensino, referenciais para carreiras clássicas, nas quais se depositam grandes doses de expectativas sociais e o estigma da vocação. A Faculdade de Direito do Largo São Francisco, fundada há 182 anos, é paradigma da força e da influência que o universo de símbolos corporativos faz desdobrar sobre seus ingressantes - os membros da velha e sempre nova academia. Muito do eu dos calouros é desconstruído e mortificado para que o profissional franciscano nasça. Os corpos dóceis e incircunscritos nos trotes, a legitimação do domínio nos discursos e nas violências simbólicas que sustentam a semana de recepção, a sobriedade das vestimentas dos estágios, a rebelião carnavalizada em Pinduras e Peruadas, a topografia do poder evidente na arquitetura das salas de aula e a pompa das cerimônias de formatura são elos de um ciclo ritualístico que cristaliza a solidariedade entre uma instituição, que, em certos aspectos, é total, e seus membros.

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