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Monitorização terapêutica da agomelatina, sertralina e venlafaxina

Texto completo
Autor(es):
Bruna Cordeiro Santos de Moura
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Regina Helena Costa Queiroz; Evandro José Cesarino; Cristina Márcia Wolf Evangelista
Orientador: Regina Helena Costa Queiroz
Resumo

Atualmente, a quantidade de pacientes que são diagnosticados com alguma forma de depressão, entre elas, o transtorno depressivo maior, aumenta consideravelmente, quer seja em razão de diagnósticos mais precisos ou pela própria epidemiologia da doença. Acresça-se o fato de que muitos pacientes, apesar da quantidade de tipos de antidepressivos atualmente disponíveis para a terapêutica, são refratários ao tratamento prescrito, em razão dos efeitos adversos apresentados ou ainda em razão de simplesmente não se observar melhora com a prescrição. Em razão disso, novos tratamentos farmacológicos são disponibilizados. Para auxiliar na máxima eficácia em sua utilização, esse trabalho propôs o desenvolvimento de metodologia analítica para a determinação simultânea de antidepressivos tricíclicos e não tricíclicos, a saber: moclobemida, venlafaxina, citalopram, agomelatina, duloxetina, amitriptilina e sertralina em plasma humano por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC), para posteriormente ser aplicada na monitorização de pacientes depressivos. O método consistiu na extração líquido-líquido com recuperação entre 73% a 86%, exceto para a moclobemida (55%). A separação foi obtida usando uma coluna em fase reversa LiChrospher® 60 RP-select B em LichroCART 250mm x 4mm, 5 ?m de diâmetro interno, Merck sob condições isocráticas com detecção em UV em 230 nm, com fase móvel composta por 35% de uma mistura de acetonitrila/metanol 55/5 v/v e 65% de tampão acetato 0,25M pH 4,4. As curvas padrão foram lineares em uma faixa de trabalho de 2,5-1000 ng/mL para moclobemida, 5-2000 ng/mL para venlafaxina, citalopram, agomelatina, duloxetina e amitriptilina, 10-2000 ng/mL para sertralina. A precisão intra e interensaios foi efetuada em 3 concentrações (50, 200 e 500 ng/mL). Os coeficientes de variação para a precisão intraensaio foram menores que 8,8% para todos os compostos e os coeficientes de variação para a precisão interensaios foram menores que 8,6%. Os limites de quantificação foram de 2,5 ng/mL para a moclobemida, 5 ng/mL para venlafaxina, citalopram, duloxetina, agomelatina, amitriptilina e 10 ng/mL para sertralina com a etidocaína como padrão interno. Não se observou qualquer interferência das drogas normalmente associadas com antidepressivos. O método desenvolvido foi aplicado na monitorização de 79 pacientes em tratamento prolongado com amitriptilina, sertralina e venlafaxina. Paralelamente, foram avaliadas as concentrações plasmáticas de pacientes voluntários sadios submetidos a tratamento em dose única com agomelatina. A monitorização terapêutica se faz necessária para monitorar adesão ao tratamento já que a depressão está entre as principais causas mundiais de morbidade por incapacitação social e estimativa de prevalência crescente até 2030; caracterizando-se como um dos maiores e mais onerosos problemas de saúde pública. (AU)

Processo FAPESP: 12/03706-9 - Monitorização terapêutica agomelatina, sertralina e venlafaxina em pacientes deprimidos.
Beneficiário:Bruna Cordeiro Santos de Moura
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado