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Avaliação da fadiga em crianças e adolescentes hospitalizados com câncer e sua relação com padrão de sono e qualidade de vida relaconada à saúde

Texto completo
Autor(es):
Michelle Darezzo Rodrigues Nunes
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Lucila Castanheira Nascimento; Regina Aparecida Garcia de Lima; Maria José Menossi; Carlos Alberto Scrideli; Mauren Teresa Grubisich Mendes Tacla
Orientador: Lucila Castanheira Nascimento
Resumo

OBJETIVO: Crianças e adolescentes com câncer apresentam sintomas múltiplos que incluem fadiga, perturbações do sono, dor e náuseas. Esses sintomas estão associados à diminuição da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). O objetivo desta pesquisa foi avaliar: a) fadiga, padrão de sono e QVRS de crianças e adolescentes hospitalizados com câncer; b) relações entre fadiga, padrão de sono e QVRS; c) fatores como idade, sexo, diagnóstico de câncer, motivo da internação, tempo em quimioterapia, uso de corticosteroides, níveis de hematócrito e hemoglobina e dias pós-quimioterapia que podem ter efeitos significativos na fadiga, sono e QVRS. PRESSUPOSTO TEÓRICO: A Teoria de Gerenciamento de Sintoma (TGS) foi utilizada para fundamentar esta pesquisa. TGS é constituída por três componentes que estão inter-relacionados: a experiência do sintoma, o gerenciamento do sintoma e resultados, que estão inseridas no contexto da pessoa, da saúde-doença e do meio ambiente. MÉTODO: O delineamento da pesquisa foi quantitativo, descritivo e transversal. Participantes preencheram a PedsQL(TM) Escala Multidimensional do Cansaço para mensuração da fadiga, Actigraph de pulso, por no mínimo três dias, como dispositivo para avaliação do padrão de sono e o PedsQL(TM) Inventário Pediátrico de Qualidade de Vida, Módulo Genérico e Módulo Câncer, para avaliação da QVRS. RESULTADOS: Participaram 38 crianças e adolescentes hospitalizados com câncer e em seguimento em um hospital público do interior paulista. Os resultados demonstraram escores muito baixos de fadiga (63,8 ± 18,5) e qualidade de vida (QVRS) (genérica: 61,1 ± 17,0; câncer: 59,1 ± 16,7). Duração do sono foi 3,4 ± 1,9 horas. Variações na fadiga podem ser explicadas por: 1) diagnóstico de tumores de sistema nervoso central, tempo em tratamento quimioterápico e QVRS total (câncer) (81,1%); 2) diagnóstico de sarcoma, tempo em tratamento quimioterápico, dores e machucados, ansiedade a procedimentos, dificuldades cognitivas e aparência física (89,6%); e 3) QVRS total (câncer) e duração do sono (74,7%). CONCLUSÕES: Crianças e adolescentes hospitalizados com câncer experienciam fadiga, distúrbios do sono e baixa QVRS. Enfermeiros precisam avaliar a fadiga, o sono e a QVRS. Futuros estudos são necessários para investigar estratégias de gerenciamento eficazes que podem diminuir a fadiga, melhorar o sono e aumentar a QVRS em crianças e adolescentes hospitalizadas com câncer (AU)

Processo FAPESP: 10/20055-6 - Avaliação da fadiga em crianças e adolescentes com câncer e sua relação com padrão de sono e qualidade de vida
Beneficiário:Michelle Darezzo Rodrigues Nunes
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado