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Avaliação da prevalência de atrofia hipocampal e fatores associados ao lúpus eritematoso sistêmico juvenil

Texto completo
Autor(es):
Renata Barbosa
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Simone Appenzeller; Marcondes Cavalcante Franca Junior; Cláudia Saad Magalhães
Orientador: Simone Appenzeller
Resumo

O nosso objetivo foi determinar a prevalência de atrofia hipocampal no lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESj) determinando a volumetria hipocampal por ressonância magnética e avaliar a possível relação entre atrofia hipocampal e fatores associados. Todos os pacientes com quatro ou mais critérios classificatórios de LES seguidos no ambulatório de reumatologia pediátrica com início da doença até aos 18 anos foram incluídos. Uma análise clínica e neurológica foi realizada de acordo com os critérios classificatórios do Colégio Americano de Reumatologia. Dados laboratoriais e de tratamento foram obtidos através da revisão criteriosa dos prontuários clínicos. Observamos que os volumes hipocampais dos nossos pacientes foram significativamente menores quando comparados aos volumes hipocampais dos nossos controles (p<0,001). A atrofia hipocampal foi identificada em 25 pacientes (34,72%) e no grupo controle 1 indivíduo (1,38%) apresentou atrofia hipocampal direita. A esclerose hipocampal esteve presente em 1(4%) paciente e o hipersinal em 13 (52%) pacientes. Em relação ao tratamento medicamentoso a atrofia hipocampal no LESj esteve associada ao uso de corticosteroides (p= 0,008), micofenolato mofetil (p=0,012), ciclosporina (p=0,018) e ciclosfosfamida (p=0,037). A idade de início da doença (p= 0,038) e dano cumulativo (p= 0,040) também se mostraram associados. Quanto à análise de dados laboratoriais, apenas o anticoagulante lúpico (p= 0,017) e a diminuição do complemento (p= 0,018) se mostraram associados. A esclerose hipocampal apresentou relação com pulso metilprednisolona no início da doença (p=0,023), ciclofosfamida (p=0,023) e com a função cognitiva organização perceptual, planejamento e praxia (p< 0,001). O hipersinal demonstrou associação com atrofia hipocampal (p=0,024), volume hipocampal direito (p=0,024), volume hipocampal esquerdo (p=0,007), no entanto a presença de hipersinal no hipocampo esquerdo apresentou associação apenas com a dose total de corticosteróides (p=0,034). Em relação aos domínios cognitivos, o raciocínio espacial apresentou uma correlação inversa com o volume hipocampal esquerdo (p=0,041; r= -0,281). A memória visográfica apresentou uma correlação direta com o volume hipocampal direito (p=0,042; r= 0,281). A velocidade de processamento associou-se com atrofia hipocampal (p=0,026). O raciocínio temporal demonstrou uma associação com atrofia hipocampal direita (p=0,015), atrofia hipocampal bilateral (p=0,012), e uma correlação inversa com o volume hipocampal direito (p=0,008; r= - 0,359) e volume hipocampal esquerdo (p=0,003; r= -0,400). A atrofia hipocampal é frequente no LESj. A idade de início da doença, tratamento medicamentoso e anticorpos antifosfolípides estão associados à sua ocorrência (AU)

Processo FAPESP: 12/08026-6 - Avaliação da prevalência de atrofia hipocampal e fatores associados a sua ocorrência no Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil
Beneficiário:Renata Barbosa
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado