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Influência do glicosaminoglicanos e da terapia celular na inflamação após lesão arterial em camundongos

Texto completo
Autor(es):
Juliana Aparecida Preto de Godoy
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Cristina Pontes Vicente; Arnaldo Rodrigues dos Santos Junior; Helena Coutinho Franco de Oliveira; Silvia Borges Pimentel de Oliveira; Alexandre Bruni Cardoso
Orientador: Cristina Pontes Vicente
Resumo

A aterosclerose é uma doença que acomete os vasos sanguíneos através da formação exacerbada de placas de gordura, interrompendo o fluxo de sanguíneo. A intervenção cirúrgica mais utilizada nesses casos é a angioplastia coronária percutânea, entretanto, esse procedimento pode ocasionar uma lesão ao endotélio, onde os processos trombótico e inflamatório são iniciados. Neste processo ocorre o recrutamento de células inflamatórias e a migração e adesão das células progenitoras endoteliais (CPE) para o local da lesão de modo a recuperar o dano endotelial. As CPE são células existentes na população de células mononucleares (MNC) da medula óssea e podem estar envolvidas no processo de reparo endotelial. Os glicosaminoglicanos, como o dermatan sulfato (DS) e o condroitin sulfato fucosilado (CSF), são moléculas que atuam como agentes antitrombóticos, anticoagulantes e anti-inflamatórios. Neste estudo, analisamos a influência do DS e CSF e da terapia com CPE na inflamação e trombose após lesão arterial em camundongos selvagens (C57BL06) e deficientes em apolipoproteína E (ApoE-/-). Todos os animais foram submetidos a um procedimento cirúrgico na artéria carótida comum esquerda, mimetizando a lesão causada por angioplastia em humanos. Proteínas/fatores envolvidos nos processos iniciados logo após a lesão endotelial foram analisados por western blotting (ICAM-1, P-selectina, eNOS e SDF-1) e por Elisa (TNF-?, IL-10, SDF-1 e TGF-?); as artérias carótidas lesionadas foram analisadas histologicamente para se verificar a formação de trombo e a atividade de gelatinases por zimografia `in situ¿. Todas as análises foram realizadas 1 e 3 dias após a lesão arterial. Observamos nos camundongos C57BL/6 que o tratamento com DS foi capaz de diminuir a reação inflamatória inicial e, ao mesmo tempo, estimular a migração de células progenitoras para o local da lesão; tal resultado foi observado em relação ao uso de CSF, apesar deste não prevenir a formação de trombo. A terapia utilizando MNC isoladas ou em conjunto com DS ou CSF aumentou a resposta inflamatória inicial. O uso de CPE também ocasiona essa resposta, mas quando utilizamos a EPC junto com DS obtemos uma menor resposta inflamatória e, ao mesmo tempo, aumento da expressão de eNOS, melhorando o tônus vascular. Nos camundongos ApoE-/-, os tratamentos não foram capazes de melhorar a resposta inflamatória; o tratamento com CPE e CSF foi o mais eficaz, diminuindo a resposta inflamatória e melhorando o tônus vascular. Concluímos que as terapias com os glicosaminoglicanos (DS ou CSF) foram capazes de diminuir as respostas trombóticas e inflamatórias iniciais. Além disso, que a injeção de MNC leva a um aumento da resposta inflamatória provavelmente devido ao caráter inflamatório destas células. Concluímos, que os GAGs podem estar atuando como moléculas de quimioatração das células ao mesmo tempo em que evitam a trombose e inflamação iniciais exacerbadas e que podem ser utilizados como agentes coadjuvantes na terapia celular para a recuperação de dano endotelial (AU)

Processo FAPESP: 10/01119-3 - Influência do tratamento com glicosaminoglicanos no processo inflamatório e na terapia celular utilizando células progenitoras endoteliais para recuperação de lesões arteriais de camundongos.
Beneficiário:Juliana Aparecida Preto de Godoy
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado