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Coevolução do comportamento antipredatório, desempenho locomotor e morfologia em anuros da Floresta Atlântica

Texto completo
Autor(es):
Jessyca Michele Citadini
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Biociências (IBIOC/SB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Fernando Ribeiro Gomes; Cinthia Aguirre Brasileiro; Carlos Arturo Navas Iannini; Diogo Borges Provete
Orientador: Fernando Ribeiro Gomes
Resumo

Anfíbios anuros representam um grupo de vertebrados cujo plano corpóreo apresenta uma série de modificações associadas ao desempenho locomotor através de saltos, sendo estas especializações muito antigas e conservadas filogeneticamente. Embora estudos comparativos venham demonstrando associações entre desempenho de salto e diversidade de habitat e história de vida para esse grupo filogenético, as relações entre o desempenho locomotor e o comportamento antipredatório dentro do contexto da diversificação do uso do micro-habitat permanecem inexploradas. Primeiramente, nós testamos modelos adaptativos de evolução morfológica associados com a diversidade do uso do micro-habitat (aquático, arborícola, fossorial, reofílico e terrestre) em espécies de anuros e foi examinada a relação da distância máxima do salto como uma função dos componentes das variáveis morfológicas e do uso do micro-habitat. Nós também investigamos, tanto em nível intra quanto interespecífico a influência da complexidade do microambiente (arena vazia, arena com folhiços ou arena com folhiço e arbustos) e do tipo de estímulo (aproximação versus toque) na manifestação do comportamento antipredatório em anuros. Adicionalmente, nós investigamos o efeito do uso de diferentes tipos de refúgio pelos anuros quando sujeitos aos testes de simulação predatória no laboratório. Nossos resultados demostram a existência de múltiplos ótimos adaptativos para os comprimentos dos membros associados aos diferentes usos do micro-habitat, com uma tendência de aumento dos membros posteriores em espécies reofílicas, arborícolas e aquáticas quando comparadas com espécies terrestres e fossoriais, as quais evoluíram em direção ao ótimo adaptativo com membros posteriores mais curtos. Além disso, espécies reofílicas, arborícolas e aquáticas apresentaram maior desempenho para o salto e membros posteriores mais longos quando comparadas com espécies terrestres e fossoriais. Em seguida foi abordada a influencia da complexidade do ambiente no comportamento antipredatório e nossas análises intraspecíficas mostraram que o número de respostas ativas (salto) e passivas é fortemente dependente do tipo de estímulo e varia de acordo com a complexidade estrutural do ambiente. Simultaneamente, nossas análises comparativas interespecíficas mostraram que anuros modulam a distância saltada em resposta ao toque do predador de acordo com a complexidade ambiental, e nós ressaltamos uma variação interespecífica associada ao uso de micro-habitat. Por fim, foi investigado o uso de refúgios pelos anuros expostos a testes de simulação predatória. Nossos resultados mostram que os anuros usam a vegetação arbustiva, o folhiço e a água como areas de refúgio quando sujeitadas a simulação predatória. Além disso, ocorreu variação interespecífica na escolha de refúgios potencialmente associados à diversificação do uso de microhábitat (AU)

Processo FAPESP: 13/04418-0 - Coevolução do comportamento antipredatório, desempenho locomotor e morfofisiologia de anuros da Floresta Atlântica
Beneficiário:Jessyca Michele Citadini
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado