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Analise molecular do gene do receptor de androgenos em pacientes 46, XY com ambiguidade genital e produção normal de testosterona

Texto completo
Autor(es):
Reginaldo José Petroli
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Maricilda Palandi de Mello; Carlos Eduardo Steiner; Ângela Maria Spínola Castro
Orientador: Maricilda Palandi de Mello
Resumo

Considera-se que insensibilidade androgênica seja a causa mais freqüente dos distúrbios da diferenciação do sexo em pacientes com cariótipo 46,XY. Trata-se de uma anomalia recessiva ligada ao cromossomo X, que pode se manifestar de forma branda, parcial ou completa, com um amplo espectro de variação fenotípica. O gene do receptor de andrógenos (AR) está localizado no cromossomo X, na região Xq11-12, sendo organizado em oito exons separados por introns de até 26 kb. Sua região codificante apresenta aproximadamente 2.757 pares de bases traduzindo uma proteína de 919 aminoácidos, cujo peso molecular é de aproximadamente 110 kDa. A proteína AR apresenta três domínios funcionais: domínio de regulação transcricional (amino-terminal), domínio de ligação ao DNA que contém dois dedos de zinco (zinc finger) e domínio de ligação ao esteróide (carboxi-terminal). O domínio amino-terminal possui repetições dos aminoácidos glutamina e glicina cujos números podem variar dentro da população normal. O domínio de ligação ao esteróide (carboxi-terminal), apresenta o maior número de mutações, cerca de 55% das descritas neste gene. Entre o domínio de ligação ao DNA e o domínio de ligação ao esteróide encontra-se a região hinge que contém um sinal responsável pela localização nuclear necessária para a translocação do complexo andrógeno/receptor do citoplasma para o núcleo da célula. Pacientes com cariótipo 46,XY e diagnóstico de insensibilidade androgênica geralmente apresentam fenótipo feminino ou ambigüidade genital, porém a produção de testosterona é normal. Nestes pacientes a investigação de mutações no gene do receptor de andrógeno é indicada para a identificação da alteração molecular relacionada à doença. Desta maneira, o presente estudo teve como objetivo a caracterização das alterações moleculares do gene AR, através da análise de seus oito exons e junções exons-introns por reação da cadeia da polimerase (PCR) seguida de sequenciamento dos fragmentos amplificados. Das 47 famílias que compõem a casuística deste trabalho, 14 apresentaram mutações no gene, sendo uma relacionada ao fenótipo brando da insensibilidade androgênica (p.P694S), sete relacionadas ao fenótipo parcial da insensibilidade androgênica (p.Q58L, p.A596T, p.S597R, p.M742V, p.Q798E, p.L830F e p.A896V) e seis relacionadas ao fenótipo completo da insensibilidade androgênica (p.R774H, p.P766S, p.C806F, p.R832Term, p.R855H e p.V866M). Uma paciente apresentou duas alterações, ambas no exon 6 deste gene. Quatro mutações estão sendo descritas pela primeira vez neste trabalho em pacientes com insensibilidade androgênica (AU)

Processo FAPESP: 08/01964-5 - Análise molecular do gene do receptor de andrógenos (AR) em pacientes 46,XY com ambiguidade genital e produção normal de testosterona
Beneficiário:Reginaldo José Petroli
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado