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Produção e caracterização de lesões artificiais de cárie em esmalte, similares às do protocolo ICDAS II, por biofilme bacteriando de Streptococcus mutans

Texto completo
Autor(es):
Micaela Cardoso
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Regina Maria Puppin Rontani; Lidiany Karla Azevedo Rodrigues; Giselle Maria Marchi
Orientador: Regina Maria Puppin Rontani
Resumo

Este estudo teve por objetivos: produzir lesões artificiais de cárie em esmalte bovino, com características clínicas similares àquelas identificadas pelo protocolo ICDAS II 2009 (International Caries Detection and Assessment System), códigos 1, 2, e 3, através da inspeção visual; identificar o tempo de desmineralização necessário para a produção de lesões artificiais de cárie em esmalte bovino; caracterizar segundo a área de secção transversal, profundidade (LD) e volume da lesão, topografia da superfície, a razão entre a porcentagem de perda mineral e a profundidade da lesão (ratio) e perda mineral das lesões, por meio de diferentes metodologias de análise: Análise visual, Microtomografia (?-CT) Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Microrradiografia Transversal (TMR) e Microscopia óptica em Luz Polarizada (MLP). Foram utilizados 45 blocos de esmalte bovino distribuídos em 3 grupos (n=15), de acordo com o Código ICDAS 1, 2 e 3, e submetidos ao desafio ácido pelo método biológico, com S. mutans. Os blocos foram imersos em meio BHI suplementado por sacarose a 1% com inóculo de S. mutans, sendo o meio trocado a cada 24h, e para identificação do tempo de produção das lesões (estudo piloto). Em seguida, os espécimes foram removidos do meio de cultura de acordo com o período de tempo identificado para cada grupo (24h, 4 dias e 14 dias), fotografados (análise visual), submetidos à análise por ?-CT, MEV e posteriormente, seccionados longitudinalmente em relação à lesão de cárie e avaliados em TMR e MLP. Os dados obtidos da MEV foram avaliados descritivamente; aqueles provenientes da ?-CT, TMR e MLP foram submetidos aos testes ANOVA e Tukey (p<0,05). O tempo necessário para produção de lesões clinicamente semelhantes àquelas para cada código ICDAS II foi identificado visualmente. Para a produção de lesões in vitro similares ao código 1, o tempo necessário foi de 24 horas; para o código 2, 4 dias; e para o código 3, 14 dias. Para as lesões similares àquelas Código 1, a MLP e TMR identificaram a presença de lesões subsuperficiais de cárie, porém o ?-CT não permitiu visualizá-las. O MEV mostrou superfície mais regular, na maioria das amostras, sem sinais de erosão e com pequenos orifícios provocados pelo S. mutans. Para as lesões Código 2 a análise por ?-CT identificou áreas e volume de lesão menores do que para o Código 3. A profundidade da lesão não pode ser identificada pelo ?-CT para ambos os Códigos. MLP e TMR identificaram maiores profundidades de lesão para o Código 3, comparado ao 2, porém, evidenciaram a presença de desmineralização e cavitação, também maiores no grupo ICDAS 3. A profundidade média das lesões dos três grupos foi mensurada pelos métodos TMR e MLP, e ambas as análises evidenciaram que, quanto maior o código ICDAS, maior a profundidade das lesões; porém, não foi observada correlação significativa entre estes dois métodos. Baseando-se nos resultados obtidos pode-se concluir que o método biológico de produção de cárie por S. mutans possibilita a produção de lesões similares às observadas clinicamente pelo protocolo ICDAS II. Diferentes metodologias empregadas podem ser recomendadas de acordo com o tipo de lesão produzida artificialmente (AU)

Processo FAPESP: 11/15973-9 - Avaliação da produção de cárie artificial em esmalte através de biofilme bacteriano de Streptococos mutans
Beneficiário:Micaela Cardoso
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado