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Isolamento e identificação de compostos da geoprópolis de Melipona scutellaris com atividades antiproliferativa e antiosteoclastogênica

Texto completo
Autor(es):
Marcos Guilherme da Cunha
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Pedro Luiz Rosalen; Severino Matias de Alencar; Masaharu Ikegaki; Ana Paula de Souza; Daniela Barretto Barbosa Trivella
Orientador: Gilson Cesar Nobre Franco; Pedro Luiz Rosalen
Resumo

O presente estudo teve como objetivo isolar e identificar compostos presentes na geoprópolis de Melipona scutellaris com atividade antiproliferativa e sobre a remodelação óssea. Em acréscimo, foram avaliados parâmetros farmacocinéticos e toxicológicos do composto majoritário da geoprópolis, com ambas as atividades acima mencionadas, por meio de metodologias in vitro e in silico. A geoprópolis de M. scutellaris foi coletada na cidade de Entre Rios, Bahia, Nordeste brasileiro (autorização CGEN # 010666/2014-1). A partir dela se obteve o extrato etanólico, que foi sucessivamente fracionado e biomonitorado por meio de ensaio de atividade antiproliferativa sobre linhagens tumorais COLO205 e KM12. Após isolamento e identificação dos componentes ativos da geoprópolis, o composto majoritário foi avaliado quando aos seguintes aspectos: 1) inibição de alvos específicos relacionadas à ativação de osteoclastos na remodelação óssea; 2) parâmetros farmacocinéticos calculados por modelo in silico; 3) genotoxicidade determinada por expressão gênica in vitro. O resultado do fracionamento bioguiado levou ao isolamento e identificação de oito compostos com atividade antiproliferativa, sendo sete derivados de cumarinas e uma benzofenona. Dentre as cumarinas, duas não apresentam descrição na literatura de sua existência, sendo então consideradas inéditas. O composto majoritário identificado como uma 4-fenil cumarina e denominado cinnamoiloxi-mammeisina (CNM), apesar de já identificado em fonte vegetal, sua atividade biológica é desconhecida. Neste estudo o CNM foi capaz de inibir a atividade de enzimas como metaloproteinase de matriz (MMP-9) e fosfatase alcalina resistente a tartarato (TRAP) responsáveis pela ativação de osteoclastos no processo de perda óssea. Os parâmetros farmacocinéticos do composto sugerem baixa absorção por via oral, alta ligação com proteínas plasmáticas, baixa afinidade pelas principais enzimas de metabolização do organismo, entretanto com potencial de leve a moderada toxicidade para alguns órgãos e tecidos. Também o composto apresenta baixa genotoxicidade, pela supra expressão de poucos genes relacionados ao dano no DNA. Assim, conclui-se que a geoprópolis apresenta um perfil químico diferenciado em relação às demais própolis, sendo pela primeira vez identificado cumarinas na sua constituição, inclusive como compostos bioativos, que apresentam propriedades antiproliferativa in vitro e ação sobre a remodelação óssea (AU)

Processo FAPESP: 11/23635-6 - Avaliação farmacológica e isolamento de moléculas bioativas da fração hexânica da geoprópolis de melipona scutellaris
Beneficiário:Marcos Guilherme da Cunha
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado