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Dinâmica de renovação da células germinativas femininas em duas espécies de ostariophysi com diferentes ciclos reprodutivos: serrasalmus maculatus (characiformes) e pimelodus maculatus (siluriformes)

Texto completo
Autor(es):
Daniel Dantas Wildner
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Irani Quagio Grassiotto; Susan Lowerre Barbieri; Sidinéia Aparecida Amadio
Orientador: Irani Quagio Grassiotto
Resumo

Na maioria dos Teleostei o desenvolvimento gonadal é periódico e acompanha as estações reprodutivas anuais. Ao longo da vida reprodutiva feminina a renovação das células germinativas é constante e responde pela produção ilimitada dos folículos ovarianos. Aqui a dinâmica de renovação das células germinativas femininas, que resulta na formação dos folículos ovarianos, foi estudada em duas diferentes espécies de Ostariophysi com distintos comportamentos reprodutivos: o Serrasalmus maculatus (Characiformes) e o Pimelodus maculatus (Siluriformes). O estudo teve por base dados biométricos, morfométricos e a análise histológica das gônadas, interpretado segundo novas propostas de classificação dos estágios do desenvolvimento oocitário e das fases do ciclo reprodutivo. Adicionalmente, a formação dos folículos ovarianos a partir das oogônias isoladas presentes no epitélio das lamelas, sua proliferação formando ninhos e entrada em meiose dando origem aos oócitos, é descrita tendo como modelo S. maculatus. Os estágios do desenvolvimento oocitário são caracterizados para ambas as espécies. S. maculatus com período reprodutivo longo compreendido principalmente entre os meses de inverno e primavera (hemisfério sul), tem fecundidade indeterminada. Em S. maculatus a foliculogênese é mais intensa nos ovários em Regeneração, reconhecidos por conterem apenas oócitos pré-vitelogênicos, alguns já com alvéolos corticais. No epitélio das lamelas os ninhos contendo oogônias em proliferação são proporcionalmente mais numerosos do que as oogônias isoladas. Nas gônadas em Desenvolvimento, os ninhos contendo oogônias e aqueles contendo oócitos profásicos iniciais, predominam em relação às oogônias isoladas. Nelas, parte dos oócitos pré-vitelogênicos entram e avançam na vitelogênese. Nas gônadas consideradas Aptas à Desova, a quantidade de ninhos de oogônias e oócitos profásicos iniciais é menor relativamente às demais fases e as oogônias isoladas aparecem com maior frequência. Os oócitos vitelogênicos tardios e completamente desenvolvidos convivem com os oócitos pré-vitelogênicos. Resultantes da liberação dos oócitos maduros aparecem os complexos foliculares vazios. Nos ovários em Regressão, a retomada da proliferação das oogônias é detectada pelo aumento do número de ninhos, alguns deles já contendo oócitos profásicos iniciais. A atresia dos folículos contendo oócitos não liberados convive com os oócitos pré-vitelogênicos. Pimelodus maculatus com período reprodutivo nos meses de verão (hemisfério sul), tem fecundidade determinada. Também nessa espécie, os eventos iniciais da foliculogênese são mais intensos nos ovários em Regeneração, nos quais os únicos oócitos presentes são os pré-vitelogênicos. No epitélio das lamelas, os ninhos contendo oogônias em proliferação são proporcionalmente mais frequentes que as oogônias isoladas e ninhos contendo oócitos profásicos iniciais. Nas gônadas em Desenvolvimento, a frequência do numero de ninhos contendo oogônia difere estatisticamente da frequência de ninhos de oócitos e as oogônias isoladas no epitélio. Nessas gônadas parte dos oócitos pré-vitelogênicos entram em vitelogênese. Nos ovários Aptos à Desova, os ninhos de oogônias e oócitos profásicos iniciais aparecem em menor quantidade relativamente às oogônias isoladas. Neles, os oócitos completamente desenvolvidos predominam sobre aqueles vitelogênicos e pré-vitelogênicos. Nos ovários em Regressão, a retomada da proliferação das oogônias é detectada pelo aumento do número de ninhos, alguns deles contendo oócitos profásicos iniciais. A atresia dos folículos contendo oócitos não liberados convive com os oócitos pré-vitelogênicos (AU)

Processo FAPESP: 10/02014-0 - Uma nova abordagem do ciclo reprodutivo das fêmeas e da origem e desenvolvimento dos oócitos dos ostariophysi, aplicada ao serrasalminae, serrasalmus maculatus (teleostei: characiformes).
Beneficiário:Daniel Dantas Wildner
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado