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Ação da vitamina D3 na linhagem epitelial mamaria HC11 ras transfectada com receptor de vitamina D

Texto completo
Autor(es):
Simone Maistro
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Miriam Hatsue Honda Federico; Mary Luci de Souza Queiroz; Luisa Lina Villa
Orientador: Miriam Hatsue Honda Federico
Resumo

A 1,25-dihidroxivitamina D3, o metabólito ativo da vitamina D3, parece influir não só na homeostase do cálcio, mas também em vários processos celulares tais como, o controle da proliferação e diferenciação celulares. Sua ação na transcrição gênica ocorre através de interação com um receptor específico nuclear, o Receptor de Vitamina D (VDR). VDR está presente na maioria das linhagens de carcinoma mamário e em 80% dos cânceres de mama humanos. Comparando células HC11, derivada da glândula mamária normal de camundongo, com a linhagem HC11 transformada com alelo ativado de Ha-ras (HCll-ras), Escaleira e Brentani (1999) já haviam demonstrado inibição de crescimento induzido pelo tratamento com vitamina D na linhagem HCll, mas não na HC1 \-ras. Como a HC11 apresenta alto conteúdo de VDR ao contrário da HC11 -ras, interrogamos se essa seria a causa da falha da HC1 \-ras em responder a vitamina D. Para responder a essa pergunta, inicialmente, amplificamos por PCR a região do cDNA codificadora para VDR, a partir do RNA total da HC11 e iniciadores específicos. Com esse cDNA de VDR inserido no vetor de expressão pOP13 geramos 16 clones de HCll- ras transfectados com VDR, apresentando variado conteúdo de VDR. Desses clones, o clone I caracterizou-se como apresentando alta expressão de VDR, tanto por aumento do seu RNA mensageiro medido por ensaio de Northern como por aumento da proteína de VDR, determinada pelo uso de anticorpo monoclonal anti-VDR e analisada por citometria de fluxo (64,9% + 8,2% de positividade); os outros clones apresentaram expressão semelhante à HCII- ras (HC1 \-ras = 35,93% ± 15,10%; clone 7= 29,28% ± 10,62%; clone 13= 31,11% ± 27.2%), sendo a expressão da linhagem HC11= 85,5% ± 14%. O clone 1 respondeu com inibição de proliferação, como demonstrado pelo aumento do tempo de duplicação da população, medido pela contagem de células em cultura expostas a ação da Vitamina D 10 nM durante 3 dias (controle 17,28h ± l,98h vs. VD: 28,48h + 7,02h; p- 0,056) quando comparado a HCll-ra* (controle: 18,24h vs VD: 19,92h), Além disso, observamos um acúmulo de células na fase GO/Gl do ciclo celular, após o tratamento com vitamina D (controle: 79,54% ± 1,30% vs VD: 91.01% ± 2,66%, p < 0,005), como demonstrado pelo método de quantificação de conteúdo de DNA pela incorporação de Iodeto de Propídio e analise por citometria de fluxo. Note-se que esses parâmetros foram semelhantes a aqueles apresentados pela linhagem HC11 parental na presença de Vitamina D (controle: 55,9% vs VD: 82,0%). Os clones 7 e 13 com baixo conteúdo de VDR, apresentaram comportamento proliferativo semelhante ao da HC 11-ras. Nossos dados sugerem que, no modelo de progressão tumoral proporcionado pela linhagem HC11 e HC11-ras, o escape do controle de VDR determine uma vantagem proliferativa para a linhagem HCll-ras. O aumento de VDR, por si, restaurou no clone 1, um comportamento mais próximo da normalidade, o que leva a supor que os controles de proliferação normal sejam possíveis de serem recuperados em cânceres já estabelecidos. Uma diminuição de VDR em carcinoma mamário humano tem sido correlacionado com pior sobrevida sugerindo que as manipulações das vias de controle de VDR possam beneficiar estes pacientes (AU)

Processo FAPESP: 96/06253-0 - Relacao entre o receptor de vitamina d e apoptose na linhagem mieloide leucemica hl60.
Beneficiário:Simone Maistro
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado