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Risco e vulnerabilidade as doenças bucais em adolescentes brasileiros

Texto completo
Autor(es):
Fabiana de Lima Vazquez
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Antonio Carlos Pereira; Sílvia Helena de Carvalho Sales Peres; Maria Cristina Traldi; Rosana de Fátima Possobon; Gláucia Maria Bovi Ambrosano
Orientador: Antonio Carlos Pereira
Resumo

Este estudo de transversal analítico e qualitativo teve como objetivo avaliar o risco as doenças bucais e a vulnerabilidade em adolescente de 15 a 19 anos no município de Piracicaba-SP. Foi realizado exame clínico para obter as informações de risco a cárie, CPOD e doença periodontal. Para as variáveis socioeconômicas, comportamentais, demográficas e psicossociais foram usados os questionários semiestruturado de Góes, socioeconômico, OIDP, WHOQOL e entrevistas em profundidade com os adolescentes com necessidade de tratamento (após 12 meses). A amostra aleatória probabilística foi de 1179 adolescentes de 34 Unidades de Saúde da Família (USF). O exame bucal foi realizado com sonda periodontal IPC e espelho bucal plano sob luz artificial por dois examinadores. Para avaliar a associação entre as variáveis clínicas, socioeconômicas, comportamentais, demográficas e psicossociais, foram realizadas análises univariadas pelo teste de qui-quadrado e teste de Fisher e a seguir, análises multinível a fim de identificar as variáveis de risco. Na fase qualitativa, as entrevistas gravadas foram transcritas, os dados agrupados por categorias e identificados os temas chave permitindo a análise temática. Nos resultados para variável dependente cárie e CPOD, os adolescentes que precisavam de próteses dentárias, declararam ter presidiário na família e residiam em casas com um número maior de pessoas, tinham mais dentes cariados. Houve relação entre maior CPOD e número de dentes cariados, com uma pior auto percepção da saúde bucal. Ser do sexo feminino, já ter tido dor de dente, idade e tempo desde a última visita ao dentista estavam relacionados com o índice CPOD. Quanto às variáveis contextuais, o CPOD foi menor nos subúrbios com maior acesso a esgoto doméstico e o número de dentes cariados foi maior nos bairros com os piores índices de exclusão social. Para a variável dependente periodontia, os adolescentes que nunca tiveram dor de dente, que relataram um menor impacto sobre a saúde bucal e residiam em casas com maior percentual de esgoto doméstico apresentaram menos doença periodontal. Para a variável dependente OIDP e WOQUOL, as meninas relataram pior qualidade de vida e maior impacto sócio dental. Houve uma diminuição da qualidade de vida e aumento na OIDP com o aumento do índice periodontal. Por sua vez, verificou-se um aumento da qualidade de vida e redução OIDP com o aumento da renda. Os adolescentes que residiam em áreas de maior exclusão social e com maior impacto sócio dental apresentaram pior qualidade de vida. Para a pesquisa qualitativa, a não adesão ao tratamento foi relacionada com alguns aspectos e agrupadas em não prioridade, prioridade e mudança de prioridade. Concluímos que as variáveis individuais e contextuais foram associadas com a presença de cárie, índice CPOD, doença periodontal, o impacto e a qualidade de vida em adolescentes, indicando que deve ser levado em consideração na formulação de políticas voltadas para a promoção da saúde bucal e atividades de prevenção e que as principais justificativas para a não adesão estão relacionadas com diferentes prioridades e o aparelho ortodôntico como motivador da prioridade à saúde bucal entre os adolescentes (AU)

Processo FAPESP: 11/01768-4 - Risco e vulnerabilidade às doenças bucais em adolescentes brasileiros
Beneficiário:Fabiana de Lima Vazquez
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado