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Quantificação e caracterização das populações de monócitos na aterosclerose humana

Texto completo
Autor(es):
Amauri da Silva Justo Júnior
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Maria Heloisa de Souza Lima Blotta; Maria Cristina de Oliveira Izar; José Roberto Matos Souza
Orientador: Maria Heloisa de Souza Lima Blotta
Resumo

A aterosclerose é uma doença inflamatória crônica caracterizada pela retenção de lipídios e células da resposta imunológica na íntima arterial. Dentre as células que ganham acesso à parede arterial, os monócitos são os primeiros a serem recrutados diferenciando-se em macrófagos e contribuindo para a formação das lesões de ateroma. Sabe-se que os monócitos circulantes constituem uma população heterogênea composta por três tipos celulares, as células CD14++CD16- (Clássica), CD14++CD16+ (Intermediária) e CD14+CD16++ (Não clássica), que apresentam funções e capacidade migratória distintas. As diferentes populações de monócitos podem ser associadas com a presença de fatores de risco para desenvolvimento de doença arterial coronariana (DAC) ou mesmo predizer eventos cardiovasculares em indivíduos com DAC. Entretanto, ainda não existe consenso acerca da função de cada subtipo de monócito. Tendo em vista o papel importante dos monócitos em todos os estágios de desenvolvimento do ateroma é objetivo deste trabalho avaliar a presença de diferentes populações de monócitos em amostras de sangue periférico de pacientes com DAC e também a produção de citocinas por estas populações frente a antígeno aterogênico (HSP60). Para isso, a quantificação e a caracterização fenotípica dos monócitos do sangue periférico dos grupos de estudo (síndrome coronariana crônica (SCC), síndrome coronariana aguda (SCA) e controles [com (FR) e sem (C) fatores de risco para aterosclerose]), bem como a avaliação da produção de citocinas foi feita por citometria de fluxo. Com relação a frequência das subpopulações de monócitos, encontramos uma menor frequência de monócitos da população clássicos e maior frequência da população não clássico no grupo SCC comparado ao grupo controle. A análise do número absoluto, mostrou que o grupo SCC apresenta menor quantidade de monócitos totais, e das populações clássica e intermediária quando comparado ao grupo controle, enquanto o grupo SCA apresenta aumento na quantidade destas células. Com relação aos receptores analisados, verificamos um aumento da frequência das três populações de monócitos CCR5+ e não clássicos CX3CR1+ no grupo SCA. Encontramos também no grupo SCA a maior frequência de células TLR2+, TLR4+ e CD36+ nas três subpopulações de monócitos, o que poderia sugerir que os monócitos destes pacientes são capazes de reconhecer e promover inflamação em resposta aos DAMPs gerados no quadro agudo. A HSP60 induziu produção de citocinas de caráter inflamatório, quimiocinas e citocinas moduladoras da resposta Th1 em monócitos das populações clássica e intermediária. Em conclusão os resultados ressaltam a participação das 3 populações de monócitos em todo processo aterosclerótico e sua associação com a gravidade da doença (AU)

Processo FAPESP: 14/00327-2 - Quantificação e determinação das funções das populações de monócitos na aterosclerose humana
Beneficiário:Amauri da Silva Justo Junior
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado