Busca avançada
Ano de início
Entree


Arquitetura por um fio: vestes e abrigos de povos ciganos e nômades

Texto completo
Autor(es):
João Gabriel Farias Barbosa de Araujo
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/SBI)
Data de defesa:
Membros da banca:
Lara Leite Barbosa de Senne; Francisca Dantas Mendes; Clara Luiza Miranda
Orientador: Lara Leite Barbosa de Senne
Resumo

A dissertação propõe o estudo da cultura material - representada pela arquitetura e indumentária - de sociedades que mantém ou em algum momento tiveram comportamentos nômades. A pesquisa se ocupa de corpos que estão em movimento, marcados por ritos e exposto a condições ambientais extremas; vestuários e acessórios feitos sob medida e imbuídos de poderes sobrenaturais e habitações conscientes de sua efemeridade. Seu objetivo geral é estudar as inter-relações que se estabelecem através de suportes efêmeros como as habitações e trajes. Em específico ela busca conhecer os processos de produção do espaço da habitação nômade; apreender e identificar o processo de concepção, confecção e uso dos vestuários; perceber a importância das manifestações da cultura material nômade para a sua identidade e estética e procurar similaridades construtivas, visuais e estéticas entre vestes e abrigos nômades. A dissertação é o resultado da revisão bibliográfica que transita pelos trabalhos de Bernard Rudofsky, Florencia Ferrari, Labelle Prussin, Mark Jarzombek, Mette Bovin, Paul Oliver, Robert Kroenenburg, Torvald Faegre entre outros; do estudo de caso dos Ciganos Calons e de quatro povos nômades: Beduínos, Inuit, Tuaregues e Wodaabes; das visitas realizadas aos acampamentos Calons em São Paulo e no Espírito Santo e das entrevistas à costureira especializada em vestidos ciganos. Esta obra fortalece o vínculo conceitual e prático entre indumentária e arquitetura através do estudo paralelo dessas duas manifestações culturais. Ela constata que o vestuário nômade vai muito além da necessidade de proteção e do desejo de ornamentação, muitas vezes estando relacionado à cosmologia ou aos mitos e crenças destas sociedades e reitera a importância de repensarmos as concepções clássicas e eruditas da arquitetura. (AU)