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Avaliação da toxicidade de Agentes Extintores de Incêndios em misturas com Gasolina: contribuição para o estudo do incêndio no Terminal Petroquímico da Ultracargo (Santos, SP, Brasil)

Texto completo
Autor(es):
Gabriela Daniel
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Vicente. 2018-03-21.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Instituto de Biociências. São Vicente
Data de defesa:
Orientador: Denis Moledo de Souza Abessa
Resumo

Em episódios de emergências ambientais, principalmente em incêndios causados por compostos inflamáveis, a extinção do fogo utilizando apenas água apresenta limitações. Como alternativa, nos últimos anos surgiram Agentes Extintores de Incêndios - AEI. Em 2015 no município de Santos, um grave incêndio ocorreu em tanques de gasolina e etanol. Para a extinção do fogo, foram utilizadas grandes quantidade de AEI que juntamente com os combustíveis dos tanques escorreram para os ecossistemas aquáticos adjacentes. Apesar do amplo uso desses compostos, há falta de informação sobre a composição e toxicidade das formulações, de modo que os Compostos Perfluorados (PFC) são relatados como o princípio ativo dessas substâncias. Assim, o objetivo foi avaliar os efeitos tóxicos dos diferentes AEI utilizados no incêndio e a Fração Solúvel da Gasolina (FSG) em testes isolados e em misturas. Os testes isolados foram realizados com Echinometra lucunter, Artemia sp. e Daphnia similis. Os testes com misturas foram realizados com Artemia sp. e D. similis utilizando os modelos conceituais de Concentração de Adição (CA) e Ação Independente (IA) com os desvios de Sinergismo, Antagonismo, DL (dependente da dose) e DR (dependente do químico). Para E. lucunter os resultados de CI50-42h foram de 0,11% para FSG e estiveram entre 0,0002 a 0,01% para AEI; para Artemia sp. os valores de CL50-48h foram de 0,11% para FSG e variaram entre 0,02 e 0,2% para AEI. Para D. similis as CE50-48h foram de 1,10% para FSG e estiveram entre 0,03 a 0,3% para AEI. Para as misturas, todos os testes foram significativamente ajustados aos modelos de referência; em alguns casos apresentando desvios, indicando ações antagônicas ou sinérgicas. Para Artemia sp., foram identificados efeitos antagônicos e sinérgicos, dependendo das concentrações e das combinações dos químicos; para D. similis observou-se efeitos aditivos, antagônicos e sinérgicos, também considerando fatores de concentração e combinação de cada químico na mistura. Assim, o estudo forneceu informações sobre os efeitos desses compostos no ambiente, tanto isolados quanto em misturas binárias. (AU)

Processo FAPESP: 16/04768-9 - Toxicidade de misturas de líquidos geradores de espuma (lgE) e gasolina: contribuição para o estudo dos impactos do incêndio no terminal petroquímico da Ultracargo (Santos, SP, Brasil)
Beneficiário:Gabriela Daniel
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado