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Risco trombótico em cães com anemia hemolítica imunomediada primária e secundária a E. canis sob tratamento com micofenolato de mofetila

Texto completo
Autor(es):
Tatiana Geraissate Gorenstein
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Botucatu. 2018-09-06.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia. Botucatu
Data de defesa:
Orientador: Regina Kiomi Takahira
Resumo

A anemia hemolítica imunomediada (AHIM) é o distúrbio imunológico de maior prevalência em cães. Caracteriza-se como uma hipersensibilidade do tipo II, que leva a destruição prematura de hemácias. Dentre as principais complicações, o estado de hipercoagulabilidade predispondo a coagulação intravascular disseminada e o tromboembolismo pulmonar é a mais importante, sendo a causa de óbito em mais de 80% dos casos. A AHIM primária não pode ser associada a causa predisponente óbvia, além de apresentar predisposição racial, portanto trata-se de um diagnóstico de exclusão. A AHIM secundária está relacionada a diversos agentes, dentre eles os infecciosos, destacando-se a erlichiose; neoplásicos; medicamentosos e os causados por defeitos intrínsecos. O diagnóstico de AHIM é realizado através da constatação de um ou mais desses sinais: moderada a grave anemia (hematócrito < 30 - 25%), evidências de hemólise (hemoglobinúria ou bilirrubinúria) e presença de anticorpos na hemácia (caracterizado a partir da autoaglutinação, esferocitose, teste de Coombs positivo ou citometria de fluxo). O tratamento é direcionado a supressão da resposta imune, sendo os corticosteroides e outros imunossupressores, tais como ciclosporina e micofenolato de mofetila, os fármacos de predileção. Objetivou-se com esta pesquisa esclarecer se há alteração do risco trombótico após o início da terapia imunossupressora com micofenolato de mofetila por meio da tromboelastometria em animais com AHIM primária e secundária a E.canis. Os animais em estudo foram submetidos a hemograma, contagem de reticulócitos, pesquisa de esferocitose, bioquímico sérico, exame de urina, relação proteína creatinina urinária, testes de coagulação, tromboelastometria; PCR para E. sp, E. canis e B. canis; sorologia para Leptospira spp e ultrassonografia abdominal. Foram selecionados 12 cães com diagnóstico de AHIM e realizado exame tromboelastométrico em dois momentos: antes do início do tratamento com micofenolato de mofetila, quando o paciente fazia uso de doxiciclina, omeprazol e prednisolona (M1) e após a adição do micofenolato de mofetila ao protocolo acima citado, quando houve melhora clínica e hematológica (M2). Cinco animais vieram a óbito antes do momento 2. A comparação entre as médias dos dois momentos do grupo dos sobreviventes foi avaliada pelo teste de Wilcox e para a comparação entre o momento 1 do grupo de sobreviventes e de óbitos foi utilizado o teste não paramétrico de Mann Whitney, ambos ao nível de 5% de significância. Nas condições em que foi realizado o presente estudo, é possível concluir que não há diminuição do risco trombótico entre os animais tratados com micofenolato de mofetila; os animais que apresentaram menor coagulabilidade apresentaram pior prognóstico e a contagem de reticulócitos apresentou melhor valor prognóstico do que a contagem de hemácias, no momento do diagnóstico. (AU)

Processo FAPESP: 16/23403-1 - Risco trombótico em cães com anemia hemolítica imunomediada primária sob tratamento com micofenolato de mofetila
Beneficiário:Tatiana Geraissate Gorenstein
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado