Busca avançada
Ano de início
Entree


Papel da proteína tirosina fosfatase de baixo peso molecular na biogênese de vesículas extracelulares secretadas pelas células de câncer colorretal

Texto completo
Autor(es):
Stefano Piatto Clerici
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Carmen Veríssima Ferreira; Wagner José Fávaro; Claudio Saddy Rodrigues Coy
Orientador: Carmen Veríssima Ferreira
Resumo

É consenso que o câncer é um problema que afeta a saúde pública global. Segundo estimativas globais, no ano de 2012 ocorreram mais de 14 milhões de novos casos de câncer com aproximadamente 8,2 milhões de mortes relacionadas. No Brasil, de acordo com a estimativa para o biênio de 2016-17 foram quase 600 mil novos casos dessa doença dentre os quais 34280 afetaram cólon e reto. Esse tipo de neoplasia se origina em qualquer região do cólon e reto e na maioria dos casos está confinada à parede destes segmentos sendo curável se detectado precocemente e através da ressecção cirúrgica com ou sem quimioterapia adjuvante. Entretanto, 15-20% dos casos desenvolvem metástases em outros órgãos reduzindo a eficiência dos esquemas terapêuticos atuais além de reduzir a sobrevida dos pacientes. Recentemente, grupos de pesquisa têm-se voltado para o estudo de vesículas extracelulares como parte da biologia tumoral. Neste sentido, as vesículas extracelulares passaram a ter relevância como estruturas que permitem a comunicação célula-célula e o carreamento de biomoléculas, como proteínas, lipídeos, ácidos nucleicos e fatores oncogênicos. Proteínas fosfatases, sobretudo tirosina fosfatases são apresentadas como supressores tumorais, mas a proteína tirosina fosfatase de baixo peso molecular (LMWPTP) tem sido apontada como oncogênica e relacionada com a agressividade e resistência tumoral aos quimioterápicos. Dessa forma, o objetivo geral desse trabalho foi averiguar se o nível da expressão da LMWPTP está relacionado com a biogênese de vesículas extracelulares em linhagens de células humanas de câncer colorretal, além de avaliar se a LMWPTP pode ser um dos componentes carreados pelas vesículas extracelulares. Utilizamos como modelo de estudo duas linhagens comerciais de células humanas de câncer colorretal: HCT116 e HT29 em duas condições distintas: cultivadas por 48 horas em meio de cultura com soro fetal bovino e células cultivadas por 48 horas em meio com soro fetal bovino e por 12 horas seguintes em meio sem soro fetal bovino, remoção necessária para o isolamento das vesículas extracelulares. A análise da expressão proteica revelou que a linhagem HT29 possui maior expressão da LMWPTP em relação à HCT116. Em relação às proteínas envolvidas com a biogênese e secreção de vesículas extracelulares, observou-se que proteínas como LAMP-1, LAMP-2, HRS e STAM-2, Rab5, Rab7, Rab11, Rab 25, Rab 27A e Rab35 estão mais expressas enquanto que ALIX e TSG101 estão reduzidas na linhagem HT29 em comparação com HCT116. Nas células submetidas ao protocolo de privação de soro fetal bovino para o isolamento de vesículas extracelulares, observa-se redução na expressão das proteínas HRS, STAM-2, Rab5 e Rab 7 em HT29 em relação à HCT116. A extração de vesículas celulares foi realizada através de dois métodos: ultracentrifugação e por precipitação polimérica com kit comercial. Pelos dois métodos foi constatado que a HT29 produz mais vesículas do que a linhagem HCT116. Os dados apresentados demonstram que a hipótese inicial é válida, ou seja, demonstramos indícios de que a enzima LMWPTP está associada com a biogênese e/ou mecanismos de transporte e secreção de vesículas extracelulares, indicando uma potencial aplicação dessa enzima nesse campo do conhecimento (AU)

Processo FAPESP: 16/02770-6 - Papel da proteína tirosina fosfatase de baixo peso molecular na biogênese de exossomos secretados pelas células de câncer colorretal
Beneficiário:Stefano Piatto Clerici
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado