Aparência e sensibilidades: a indumentária na Vila do Carmo (Mariana), 1693 - 1755

Autor(es)

Luciana da Silva

• Tipo de documento: Tese de Doutorado
• Imprenta: Campinas, SP.
• Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
• Data de defesa: 2019-03-22

Membros da banca

Leila Mezan Algranti; Aldair Carlos Rodrigues; José Newton Coelho Meneses; Maria Aparecida de Menezes Borrego; Silvia Hunold Lara

• Orientador: Leila Mezan Algranti

Resumo

Este estudo se dedica à compreensão da importância das vestimentas como cultura material no termo da Vila do Carmo, posteriormente chamada Mariana, entre 1693 e 1755. As roupas e alguns outros artefatos integrantes das aparências são abordados, contemplando-se sua materialidade e as representações e práticas relacionadas a esses objetos. A investigação se prende às diversas formas de interação dos indivíduos e grupos para com esse conjunto de coisas, bem como às relações estabelecidas através desse mesmo, no cotidiano. Trata-se de uma tentativa de captar os efeitos das roupas e das aparências nas percepções dos sujeitos, observando-se as sensibilidades nelas imbricadas, as quais estavam envolvidas pelos significados práticos e simbólicos desses elementos materiais da cultura na região e época em questão. As fontes que utilizadas para tanto consistem nos inventários e testamentos produzidos na região, nas Consultas do Conselho Ultramarino em que o tema das vestimentas foi discutido, no conjunto das leis pragmáticas portuguesas e manuais de civilidades publicados entre os séculos XVII e XVIII, na literatura de cordel portuguesa produzida na primeira metade do século XVIII, bem como nas relações de festas e de viajantes que circularam pela América portuguesa ao longo do século XVIII. Interessa refletir acerca da importância e dos significados sociais e culturais que o ato de vestir o corpo assumia no cotidiano de uma sociedade escravista que possuía características de Antigo Regime. Analisamos, ao longo dessa tese, os mecanismos de acesso a tais artefatos, seus usos cotidianos em diferentes espaços e por diversos grupos sociais por meio de três ideias fundamentais no processo de percepção e avaliação das aparências, própria e alheias: o asseio, a moda e o luxo. Através das vestimentas e das relações que as pessoas de outrora estabeleciam com tais peças foi possível refletir a respeito dos usos, costumes, representações e sensibilidades acerca dos cuidados de si e com a imagem que se apresentava à comunidade (AU)

• Processo FAPESP: 14/23498-7 - Aparência e sensibilidades: a indumentária em São Paulo e Mariana (1693 - 1755)
• Beneficiário: Luciana da Silva
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado