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O clima urbano das cidades de pequeno porte do oeste paulista: análise do perfil térmico de Presidente Venceslau, Santo Anastácio e Álvares Machado, Brasil

Texto completo
Autor(es):
Danielle Cardozo Frasca Teixeira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Presidente Prudente. 2019-11-04.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Ciências e Tecnologia. Presidente Prudente
Data de defesa:
Orientador: Margarete Cristiane de Costa Trindade Amorim
Resumo

A investigação da interferência da cidade na composição da atmosfera próxima à superfície remonta ao século XIX. Os estudos pioneiros do clima urbano apresentaram considerações sobre as alterações da cidade e da agricultura nos climas dos lugares. Esse quadro de interferências gerou grande comprometimento da qualidade do ambiente, refletindo nas condições de vida das populações, pois as alterações climáticas influenciam no conforto térmico, na saúde e no desempenho humano. Especialmente no ambiente tropical, o desconforto térmico demanda adaptação via climatização dos ambientes internos, influenciando no maior aporte energético, além de não ser acessível por parte da população. Em contrapartida, os espaços externos estão sujeitos aos efeitos das ilhas de calor, derivadas das condições meteorológicas e das características urbanas (OKE, 1987). O clima urbano é entendido como o clima de um determinado espaço e sua urbanização (MONTEIRO, 1976), não existindo uma escala rígida para o diagnóstico deste fenômeno. Nesse sentido, as cidades médias e pequenas também mostram importantes alterações das suas condições pretéritas à urbanização e exibem relativas facilidades para uma investigação climática qualitativa, pois seus espaços reduzidos permitem a melhor diferenciação dos seus ambientes intraurbanos e existem possibilidades de intervenção e planejamento urbano nos novos espaços em expansão. Esta pesquisa teve como objetivo investigar o clima urbano de cidades do ambiente tropical localizadas no Oeste paulista (Presidente Venceslau, Santo Anastácio e Álvares Machado), com ênfase no campo térmico. Parte-se da hipótese de que apesar da proximidade entre as cidades e, considerando-se a circulação regional da atmosfera, elas respondem à atuação dos sistemas atmosféricos de maneira diferenciada, em virtude das peculiaridades climáticas que dependem dos seus atributos geoambientais (relevo, orientação do relevo, cobertura vegetal) e urbanos (uso e ocupação da terra, estrutura, formas e as dinâmicas urbanas). O embasamento teórico-metodológico desta pesquisa é a proposta Sistema Clima Urbano (MONTEIRO, 1976), com destaque para o subsistema termodinâmico que é percebido pelo homem através do conforto térmico. A caracterização geoambiental e urbana das cidades possibilitou a diferenciação dos ambientes intraurbanos previamente à aquisição dos dados primários por estações fixas e transecto móvel, que foram representados através das tabelas dinâmicas, isotermas e modelagem espacial. Os dados secundários, na forma das termografias de superfície e do índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI), foram relacionados com a disponibilidade hídrica. Os resultados permitiram o diagnóstico de anomalias térmicas nas áreas intraurbanas tomando como referência os ambientes rurais próximos às áreas urbanas. A pesquisa diagnosticou o clima urbano específico das cidades, expresso pelas ilhas de calor de forte e muito forte magnitude confirmando a hipótese de concepção da tese. (AU)

Processo FAPESP: 15/26224-8 - O CLIMA URBANO DE CIDADES DE PEQUENO PORTE DO OESTE PAULISTA: análise do perfil térmico de Álvares Machado, Santo Anastácio e Presidente Venceslau.
Beneficiário:Danielle Cardozo Frasca Teixeira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado