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Desenvolvimento de formulações probióticas para prevenção da candidose bucal: estudo in vitro e in vivo

Texto completo
Autor(es):
Felipe de Camargo Ribeiro
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São José dos Campos. 2020-02-05.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Instituto de Ciência e Tecnologia. São José dos Campos
Data de defesa:
Orientador: Juliana Campos Junqueira
Resumo

Os probióticos são considerados uma alternativa potencial para o controle da candidose, no entanto, existe uma falta de produtos probióticos direcionados para a cavidade bucal. Neste estudo, desenvolvemos formulações probióticas usando gellan gum, um biopolímero natural usado como aditivo alimentar, e investigamos os efeitos dessas formulações em Candida albicans. Para isso, Lactobacillus paracasei 28.4, uma cepa recentemente isolada da cavidade bucal, foi incorporada em várias concentrações de gellan gum (1 a 0,6%). Todas as concentrações testadas foram capazes de incorporar as células de L. paracasei, mantendo a viabilidade bacteriana. As formulações probióticas permaneceram estáveis por 7 dias quando armazenadas à temperatura ambiente ou a 4°C. Entretanto, o armazenamento a longo prazo das formulações probióticas foi conseguido apenas quando L. paracasei 28.4 foi liofilizado. As formulações probióticas proporcionaram uma liberação de células de L. paracasei por 24 horas, o que foi suficiente para inibir o crescimento de C. albicans com efeitos dependentes das concentrações celulares incorporadas no gellan gum. As formulações probióticas também tiveram atividade inibitória contra os biofilmes de Candida, reduzindo o número de células de Candida (p<0,0001), diminuindo a biomassa total (p=0,0003) e prejudicando a formação de hifas (p=0,0002) em relação ao grupo controle não tratado. Contudo, a formulação probiótica de gellan gum a 1% proporcionou uma colonização oral de L. paracasei em camundongos com aproximadamente 6 log de UFC/mL após 10 dias. Essa formulação inibiu o crescimento de C. albicans (p<0,0001), impediu o desenvolvimento de lesões de candidose (p=0,0013) e suprimiu a inflamação (p = 0,0006) quando comparada aos camundongos não tratados. Estes resultados indicam que o gellan gum pode ser um biomaterial promissor como sistema transportador de probióticos para prevenir a candidose oral. (AU)

Processo FAPESP: 16/25544-1 - Desenvolvimento de formulações probióticas para a prevenção da candidose bucal: Estudo in vitro e in vivo
Beneficiário:Felipe de Camargo Ribeiro
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado