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Efeitos do inibidor de SGLT2 dapagliflozina na pressão arterial e perfil hemodinâmico em hipertensos resistentes diabéticos

Texto completo
Autor(es):
Nathália Batista Corrêa
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Heitor Moreno Junior; Aloísio Marchi da Rocha; Heno Ferreira Lopes
Orientador: Rodrigo Gimenez Pissutti Modolo; Heitor Moreno Junior
Resumo

Introdução: Hipertensão Resistente (HAR) é uma condição multifatorial caracterizada por um fenótipo de maior risco cardiovascular. Frequentemente a HAR esta associada a Diabetes Tipo 2 (DMT2) e obesidade, que juntas podem impactar o controle da pressão arterial, aumentando as lesões em órgãos alvo (LOA). Dessa forma, novas abordagens para o tratamento dessa condição estão em estudo com objetivo de diminuir níveis pressóricos e consequentemente melhorar prognóstico cardiovascular (CV). Os antidiabéticos da classe inibidores de SGLT2 mostraram resultados promissores em parâmetros CV, independente do controle de glicose. Vários mecanismos parecem estar envolvidos nestes resultados, a maioria deles podendo impactar favoravelmente sob os mecanismos de resistência à terapia anti-hipertensiva. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da Dapagliflozina, um inibidor de SGLT2, sobre os parâmetros pressóricos em pacientes com HAR e DM2. Métodos: Estudo clínico cruzado, cego para o avaliador com 16 pacientes HAR com DM2 (HbA1c >6,5%) em uso de cloridrato de metformina. Os pacientes foram randomizados e receberam Glibenclamida (5mg/dia) ou Dapagliflozina (10mg/dia) durante 12 semanas, adicionados à terapia anti-hipertensiva usual. Avaliações foram realizadas antes e após cada intervenção, foi adotado um período de 30 dias de washout entre os tratamentos. Ao final ainda foi verificada a adesão farmacológica, e reações adversas. Os parâmetros foram: PA de consultório, monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), PA central avaliado por onda de pulso (PWA) parâmetros hemodinâmicos pelo sistema Finometer. Resultados: Não encontramos diferença nos níveis de pressão arterial (PA) de consultório após 12 semanas de intervenção com glibenclamida e dapagliflozina (PAS: -2 ± 28 vs -8 ± 18 p=0,61); PAD : -1,5 ± 14 e-1,6 ± 14 p=0,82 ) assim como para a PA de 24hrs (PAS:0 ± 16 vs -5 ± 15 p=0,50; PAD: 0,7 ± 11e -2 ±10 p=0,55),PA central (PAS:-1,7 ± 28 vs -4,5 ± 19 p=0,81; PAD: -1 ± 13,9 vs -0,4 ± 11,5 p=0,88) PA Finometer (PAS: -5,8 ± 31,4 vs -3 ± 33,6 p=0,88; PAD: -3 ± 16,3 vs -2 ± 17,7 p=0,94) respectivamente. Conclusão: Embora o uso da dapagliflozina tenha demonstrado uma tendência em reduzir os parâmetros pressóricos, nenhuma das intervenções administradas durante 12 semanas nos pacientes HAR diabéticos alteraram os parâmetros pressóricos avaliados. Exceto para diminuição de pelo menos 10 mmHg de PAS pela analise do aparelho finometer.Estudos com uma população maior de HAR podem demonstrar resultados mais promissores para essas mudanças (AU)

Processo FAPESP: 15/23969-2 - "efeitos do inibidor de sglt2 dapagliflozina na pressão arterial, remodelamento cardiovascular e perfil de obesidade em sujeitos hipertensos resistentes"
Beneficiário:Nathália Batista Corrêa
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado