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Efeitos do ruído contralateral nos potenciais corticais em escolares: diferentes parâmetros de avaliação

Texto completo
Autor(es):
Thalita Ubiali
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Maria Francisca Colella Santos; Christiane Marques do Couto; Ana Carolina Constantini; Carla Gentile Matas; Ana Cláudia Mirândola Reis
Orientador: Maria Francisca Colella Santos
Resumo

Introdução: uma das funções atribuídas ao sistema auditivo eferente está relacionada ao processamento de estímulos acústicos na presença de ruído. Entretanto, os mecanismos neurofisiológicos e as implicações clínicas desse sistema, especialmente em regiões mais altas do sistema nervoso auditivo central, ainda não foram esclarecidos. A maioria dos estudos para investigar a via eferente em humanos utilizou as emissões otoacústicas (EOA), que avalia a região mais caudal da via, quando estimulada com ruído competitivo. Alguns pesquisadores estudaram o efeito do ruído nas respostas dos potenciais evocados auditivos de longa latência (PEALL), porém, os resultados divergentes e a escassez de estudos nesta área, principalmente na população pediátrica, apontam para a necessidade de investigar diferentes protocolos de avaliação que possibilitem estudar os mecanismos top-down da via auditiva em humanos de maneira não invasiva. Objetivo: analisar os efeitos do ruído competitivo nas respostas de latência e amplitude dos PEALL obtidos por diferentes estímulos e relações sinal-ruído em escolares. Método: Foram avaliadas 78 crianças em desenvolvimento típico entre oito e 13 anos de idade (etapa 1). Os PEALL foram coletados com estímulo tone burst nas condições sem e com ruído branco contralateral em diferentes relações sinal-ruído (SR +10 e SR 0) e com estímulo de fala na relação SR +10. Numa segunda etapa do projeto, foram avaliadas 24 crianças com dificuldades de leitura e escrita e comparadas com um grupo de 24 crianças em desenvolvimento típico (etapa 2). As crianças foram avaliadas utilizando o paradigma de oddball e os estímulos utilizados foram 2000 Hz (raro) e 1000 Hz (frequente) na avaliação não-verbal e as sílabas /da/ (raro) e /ba/ (frequente) na avaliação com estímulos verbais. A intensidade de apresentação dos estímulos foi 70 dBNPS. Foi também investigada a supressão das EOA transientes utilizando cliques lineares a 60 dBNPS e ruído branco contralateral a 60 dBNPS. Resultados: na etapa 1, o ruído competitivo aumentou a latência e diminuiu a amplitude do P300-ToneBurst, mas não foram encontradas diferenças entre as condições SR +10 e SR 0; a latência de P1-fala aumentou significativamente na presença de ruído. Na etapa 2, as crianças com dificuldades escolares apresentaram amplitudes reduzidas de N2-fala e P300-fala na condição SR+10 em comparação com o grupo controle. A supressão das EOA foi observada somente no grupo de crianças em desenvolvimento típico. Conclusão: Os resultados dos PEALL com ruído competitivo aliado à supressão das EOA, podem fornecer informações importantes quanto ao diagnóstico diferencial das alterações das habilidades auditivas em escolares (AU)

Processo FAPESP: 16/06578-2 - Efeitos do ruído contralateral no p300 em escolares: diferentes parâmetros de avaliação
Beneficiário:Thalita Ubiali
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado