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O papel da imunidade adaptativa na neuroinvasão pelo vírus Oropouche

Texto completo
Autor(es):
Daniel Augusto de Toledo Teixeira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
José Luiz Proença Módena; Eurico de Arruda Neto; Alessandro dos Santos Farias
Orientador: José Luiz Proença Módena
Resumo

A emergência de doenças causadas por arbovírus têm causado grande impacto na saúde pública, em particular nos últimos 30 anos. A recente epidemia de Zika virus (ZIKV) no Brasil e os grandes surtos de Oropouche orthobunyavirus (OROV) na região Amazônica exemplificam o impacto que as arboviroses podem ter em uma população suscetível. A doença causada por OROV, chamada de febre do Oropouche, tem caráter febril exantemático e pode evoluir para complicações neurológicas em uma parcela dos pacientes sintomáticos. Entretanto, os detalhes patogenéticos e os papéis da imunidade adaptativa na proteção contra a primo-infecção por OROV e no desenvolvimento de complicações neurológicas ainda não estão totalmente elucidados. Desse modo, o objetivo dessa dissertação foi avaliar o papel da imunidade adaptativa, destacando o papel das células B e T, no controle da neuroinvasão e patogênese durante a primo-infecção por OROV. Observamos que camundongos sem linfócitos B e T maduros (Rag1-/-) foram suscetíveis à infecção de forma independente da idade, assim como camundongos deficientes apenas de linfócitos B maduros (µMT). Por outro lado, camundongos selvagens (WT) e deficientes apenas de linfócitos T maduros (TCRbd) foram resistentes. A presença de anticorpos vírus-específicos neutralizantes produzidos por WT foi essencial para o controle da doença de Rag1-/- quando transferido nos três primeiros dias da infecção, enquanto que soro coletado em momentos iniciais, até o dia 6 pós infecção, também foi capaz de proteger camundongos Rag1-/- quando ministrado no ato da infecção. Além disso, infecções ex vivo mostraram que linfócitos B podem contribuir com a resposta imune inata dependente da produção de interferon do tipo I e reconhecimento por receptores de reconhecimento padrão. Desse modo, nossos resultados mostraram que as células B possuem papel central na proteção contra OROV em modelo murinho, seja pela produção de anticorpos neutralizantes que podem ajudar a prevenir reinfecções e o desenvolvimento de manifestações clínicas tardias, como pela sua atividade em eventos iniciais, como a atividade inata e a produção de anticorpos, ambos em eventos independentes da presença linfócitos T. (AU)

Processo FAPESP: 17/02402-0 - O papel da resposta imune adaptativa na neuroinvasão por Oropouche e Zika vírus
Beneficiário:Daniel Augusto de Toledo Teixeira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado