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Desinfecção de efluente sanitário biotratado por UV/H2O2 e O3

Texto completo
Autor(es):
Jacqueline Aparecida Malvestiti
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Limeira, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Tecnologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Renato Falcão Dantas; Márcia Dezotti; Raquel Fernandes Pupo Nogueira; Alám Gustavo Trovó; Gustavo Henrique Ribeiro da Silva
Orientador: Renato Falcão Dantas
Resumo

Os tratamentos por UV/H2O2 e ozonização são métodos capazes de degradar diversas classes de contaminantes orgânicos e desinfetar água e esgoto. Entretanto, a composição do efluente pode afetar a eficiência do tratamento, retardando a inativação de microrganismos devido à presença de material reativo que compete para reagir com os oxidantes. Porém, ainda não está claro como cada componente do esgoto pode afetar processos baseados na formação de radicais hidroxila (HO•). Neste contexto, essa tese propôs estudar a influência dos principais componentes presentes em efluentes, com ênfase nos contaminantes industriais: 4- nonilfenol (4-NP), ftalato de dibutila (DBP) e o ftalato de bis-(2-etilhexila) (DEHP), constituintes inorgânicos (nitratos e carbonatos) e metais (Al, Cr, Cu, Fe, Ni, Pb e Zn) no processo de desinfecção empregando o processo oxidativo avançado UV/H2O2 e ozonização. Os experimentos de UV/H2O2 e ozonização foram conduzidos em condições de laboratório, utilizando o planejamento experimental para verificar a influência dos distintos parâmetros operacionais, assim como, avaliar os efeitos da matriz inorgânica do efluente sanitário, constituída por sete metais, carbonato, nitrato e da matriz orgânica: contaminantes industriais, na inativação e reativação de indicadores de contaminação fecal e na toxicidade final do efluente. De acordo com os resultados, ambos tratamentos foram afetados negativamente pela presença de carbonato, nitrato e contaminantes orgânicos industriais, reduzindo a inativação de coliformes totais e Escherichia coli. No entanto, o carbonato foi o principal inibidor da desinfecção. Os metais, em geral, tiveram uma influência positiva na inativação dos indicadores, agindo como catalisadores para ambos tratamentos. A reativação dos indicadores, após 72h dos tratamentos foi maior quando as substâncias inibidoras da inativação (carbonato, nitrato e contaminantes industriais), estavam presentes, entretanto, não atingiram níveis relevantes que poderiam ter implicações no reúso do efluente tratado. Os indicadores de desinfecção tiveram diferentes sensibilidades às substâncias adicionadas ao efluente, sendo a inativação de E. coli mais afetada do que os coliformes totais, o que pode levar a interpretações diferentes de grau de inibição, dependendo do indicador de desinfecção usado. Os componentes adicionados ao efluente tiveram efeito negativo na toxicidade do efluente, mas em níveis diferentes. Em geral, carbonato e nitrato foram os componentes menos tóxicos, sendo os contaminantes industriais, assim como os metais (principalmente Cr e Pb) tóxicos para ambos os testes. Entretanto, a toxicidade final do efluente foi reduzida após os tratamentos. (AU)

Processo FAPESP: 16/07911-7 - Desinfecção de efluentes secundários por UV/H2O2
Beneficiário:Jacqueline Aparecida Malvestiti
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado