Texto completo
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| Autor(es): |
Victor Mateus Veríssimo Santos de Oliveira
Número total de Autores: 1
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| Tipo de documento: | Tese de Doutorado |
| Imprenta: | Campinas, SP. |
| Instituição: | Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Estudos da Linguagem |
| Data de defesa: | 2020-11-25 |
| Membros da banca: |
Charlotte Galves;
Aquiles Tescari Neto;
Emilio Gozze Pagotto;
Dinah Callou;
Laura Álvarez López
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| Orientador: | Charlotte Galves; Juanito Ornelas de Avelar |
| Resumo | |
A variação ausência vs presença de artigo definido diante de antropônimos talvez seja uma das características sintáticas do português brasileiro mais prontamente identificáveis como sendo de caráter regional. Desde a análise realizada por Callou & Silva (1997) com os dados do projeto NURC até hoje, diversos autores já se debruçaram sobre esse fenômeno da sintaxe do português e que coloca a variedade brasileira num local privilegiado de pesquisa, uma vez que a maioria das línguas do mundo se dividem em rejeitar categoricamente a presença de artigos nesse contexto (tais como o inglês e francês) ou exigir a presença do mesmo (como o catalão e grego). Assim, baseando-se em um arcabouço teórico gerativista ¿ mais especificamente na versão Minimalista da Teoria de Princípios e Parâmetros (Chomsky, 1995, 2001 e seguintes) ¿ e utilizando as ferramentas da sociolinguística laboviana, esta pesquisa pretende investigar sincronicamente a sintaxe dos sintagmas nominais com nomes próprios em duas variedades diatópicas do português brasileiro. Seguindo a mesma metodologia do projeto NURC, foi elaborado um corpus a partir de entrevistas sociolinguísticas em seis cidades brasileiras ¿ três do Nordeste e três do Sudeste ¿ a fim de delinear o estado atual dessa variação no português. A questão principal que permeia esta pesquisa é determinar, a partir dos dados obtidos por falantes de duas regiões do Brasil, quais os mecanismos sintáticos que estariam por trás dessa variação bem como as características que favorecem ou desfavorecem a realização do artigo e, a partir disso, investigar se haveria indícios de mudança em progresso. Os resultados sugeriram que há de fato no português brasileiro duas gramáticas distintas no que diz respeito ao funcionamento dos sintagmas nominais com antropônimos: um sistema em que a ausência parece ser categórica e um outro em processo de mudança para implementação da presença do artigo. Traçando uma paralelo dos achados advindos dos testes estatísticos com a sintaxe diacrônica das línguas românicas, essa mudança pode ser explicada como sendo ainda uma consequência da grande reestruturação sintática causada pela perda dos casos morfológicos latinos (AU) | |
| Processo FAPESP: | 16/20368-0 - A sintaxe dos antropônimos em variedades do português brasileiro |
| Beneficiário: | Victor Mateus Veríssimo Santos de Oliveira |
| Modalidade de apoio: | Bolsas no Brasil - Doutorado |