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Análise da capacidade migratória de células dendríticas na cromoblastomicose experimental

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Autor(es):
Telma Fátima Emídio Kimura
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Conjunto das Químicas (IQ e FCF) (CQ/DBDCQ)
Data de defesa:
Membros da banca:
Sandro Rogerio de Almeida; Tânia Sueli de Andrade; Patrícia Xander Batista
Orientador: Sandro Rogerio de Almeida
Resumo

A cromoblastomicose é uma micose subcutânea, com alto índice de morbidade, sendo Fonsecaea pedrosoi (F. pedrosoi) considerado o maior agente etiológico dessa micose, caracterizando uma doença crônica, geralmente confinada na pele e tecidos subcutâneos. Raramente os indivíduos apresentam cura dessa doença, pois as terapias contemporâneas mostram-se deficientes e poucos trabalhos relatam a relação parasito-hospedeiro. As células dendríticas (DCs) são especializadas na apresentação de antígenos para linfócitos T naive induzindo respostas imunes primárias. Diante disso, propomos estudar a capacidade migratória de DCs após infecção com conídios de F. pedrosoi, uma vez que o processo de migração dessas células está intimamente ligado com a sua função sobre as células T, levando ao desenvolvimento de uma resposta imune adaptativa protetora. O fenótipo de DCs foi avaliado através de células obtidas dos linfonodos poplíteos, inguinais e patas de camundongos BALB/c após 12, 24 e 72 horas de infecção com conídios do fungo. Células obtidas foram marcadas com anticorpos específicos e analisadas por citometria de fluxo. Após 24 e 72 horas de infecção verificamos uma diminuição significativa na porcentagem de DCs nas patas, e um aumento significativo dessas células nos linfonodos após 72 horas. A expressão de marcadores de superfície como CCR7 e moléculas co-estimulatórias, mostraram-se diminuídas nas células obtidas das patas. Como no processo de imunofenotipagem podemos analisar DCs vindas de diversos locais, para melhor avaliar a capacidade migratória das DCs, células das patas foram marcadas in vivo injetando-se subcutaneamente o corante CFSE juntamente com conídios do fungo. Verificamos que após 12 e 72 horas, as DCs das patas dos animais infectados, migraram para os linfonodos regionais. Assim constatamos que o fungo F. pedrosoi é capaz de induzir a migração de macrófagos e neutrófilos para o sítio de infecção em poucas horas, leva ao aumento de células B nos linfonodos após 12 e 72 horas de infecção, e também leva ao aumento de linfócitos T CD4+ tanto no local de infecção quanto nos linfonodos. Os resultados também comprovam que o fungo F. pedrosoi foi capaz de ativar as DCs, induzindo sua migração para os linfonodos regionais. (AU)

Processo FAPESP: 10/03615-8 - Análise da capacidade migratória de células dendríticas na cromoblastomicose experimental
Beneficiário:Telma Fátima Emidio Kimura
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado