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Composição e estrutura arbórea de um trecho de Floresta Ombrófila Densa Montana com taquaras na Mata Atlântica

Texto completo
Autor(es):
Maíra de Campos Gorgulho Padgurschi
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Carlos Alfredo Joly; Marco Antonio de Assis; Simone Vieria
Orientador: Carlos Alfredo Joly
Resumo

Composta pela Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista, Floresta Estacional Semidecídua e ecossistemas associados, a Mata Atlântica (MA) sofreu inúmeras pressões que resultaram em redução de sua área. Estudos revelam que restam entre 11,4% e 16% da sua cobertura original e, devido a perda de mais de 70% de sua área somado a presença de espécies endêmicas e biodiversidade, e considerada um hot spot. No Estado de São Paulo, sua proteção esta no Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) considerado o maior remanescente continuo de MA e o maior parque estadual paulista. Em sua área de abrangência ocorrem diversas fisionomias vegetais que podem (dentre outras) ser classificadas pela altitude, como no caso das Florestas Montanas, local do presente estudo. Pouco ainda se sabe sobre a estrutura dessas florestas que possuem a presença quase constante de bambus (ou taquaras, como são conhecidos). Assim, este trabalho teve por objetivo verificar a correlação entre as taquaras e a estrutura e composição florística da Floresta Ombrófila Densa Montana do Núcleo Santa Virginia/PESM. Atuou em 1 hectare de floresta montana primaria (1100 m) no município de São Luiz do Paraitinga/SP. A área foi dividida em parcelas contiguas de 10 x 10 m e todas as arvores com perímetro a altura do peito PAP ? 15 cm (DAP ? 4,8 cm) foram plaqueadas, coletadas para identificação das espécies e tiveram suas alturas calculadas, posicionamento na parcela e perímetro medidos. Para as taquaras, a área ocupada e a distribuição das moitas e o total de colmos foram mensurados. A biomassa viva total acima do solo foi calculada tanto para as arvores quanto para as taquaras. As relações entre a riqueza e estrutura da floresta e a abundancia de taquaras resultaram da Analise de Componentes Principais (PCA). Foram encontrados 1974 indivíduos e 579 moitas de taquara da espécie Merostachys neesii Ruprecht (3813 colmos). No total de 42 famílias e 195 espécies, as famílias e os gêneros mais ricos foram Myrtaceae (50), Lauraceae (30), Monimiaceae (11) e Rubiaceae (9) e Ocotea (12), Mollinedia (10) e Eugenia (6). O valor do índice de diversidade de Shannon foi 3,73 nats/ind e a equabilidade de Pielou foi 0,7. A altura media das arvores foi 9,1 m e o dossel 20 m. A área basal total (arvores vivas) foi 41,4 m². Encontrou-se alta densidade de Euterpe edulis Mart. (562), porém não houve nenhuma relação entre este e a densidade de colmos e nem destes com a densidade, riqueza e área basal dos demais indivíduos arbóreos. Os resultados mostraram que a presença das taquaras não se correlaciona com a estrutura arbórea nem com a riqueza. Contudo, são necessários mais trabalhos para verificar se as taquaras não interferem nos demais estratos da floresta e também o papel desse grupo no funcionamento da MA. (AU)

Processo FAPESP: 07/57285-6 - Estrutura e funcionamento de um trecho de floresta ombrofila densa montana com bambus do nucleo santa virginia/pesm, sp.
Beneficiário:Maíra de Campos Gorgulho Padgurschi
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado