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Efeitos de 12 semanas de treinamento intermitente de alta intensidade sobre as concentrações intramusculares de carnosina

Texto completo
Autor(es):
Vitor de Salles Painelli
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola de Educação Física e Esportes (EEFE/BT)
Data de defesa:
Membros da banca:
Antonio Herbert Lancha Junior; Guilherme Giannini Artioli; Edilamar Menezes de Oliveira
Orientador: Antonio Herbert Lancha Junior
Resumo

INTRODUÇÃO: A carnosina é um dipeptídeo com capacidade tamponante presente no músculo esquelético, que pode ser obtido pela ingestão de carnes. Estudos transversais relatam que atletas engajados em exercícios de alta intensidade possuem um maior conteúdo de carnosina muscular (CarnM) comparados a destreinados, sugerindo que o treinamento pode modular a CarnM, apesar da ausência de estudos longitudinais. OBJETIVO: Investigar os efeitos do treinamento intermitente (TI) de alta intensidade sobre a CarnM e seus genes associados. MÉTODOS: Vinte homens saudáveis e vegetarianos (eliminando a influência da dieta) foram pareados pelo consumo máximo de oxigênio (VO2máx), e aleatoriamente designados a um grupo Controle (C, N=10) ou Treinado (T, N=10). O grupo T realizou TI em cicloergômetro 3 dias por semana durante 12 semanas, com progressão do volume (6-12 séries) e intensidade (140-170% do limiar de lactato [LL]). O grupo C manteve a rotina habitual. Antes e após a intervenção, biópsias musculares foram realizadas para a determinação da CarnM, da expressão de genes relacionados à CarnM e da capacidade tamponante muscular in vitro (&#946;&#924;invitro). Foram realizados teste de Wingate e VO2máx para a avaliação do trabalho total (TT), do VO2máx, dos limiares ventilatórios (LV) e do LL. Foi conduzido o Modelo Misto para análise dos dados. RESULTADOS: Um efeito de interação foi observado para CarnM (F = 4.72; P=0.04), com aumentos significantes para o grupo T (Pré: 15.8±5.7 e Pós: 20.6±5.3 mmoL/kg músculo seco; +36.0%, P=0.01) e nenhuma alteração no grupo C (Pré: 14.3±5.3 e Pós: 15.0±4.9 mmoL/Kg músculo seco; +6.3%, P=0.99). Houve melhora no TT, LV, LL, VO2máx e &#946;&#924;invitro no grupo T (todos P<0.05), mas sem mudanças no grupo C (P>0.05). Não houve alteração na expressão gênica das enzimas e transportadores avaliados nos grupos T ou C. CONCLUSÃO: Este estudo sugere que o TI pode aumentar a CarnM, sem alterar os seus genes. Tal aumento, associado ao da &#946;&#924;invitro, pode ajudar a explicar o potente efeito deste tipo de treino sobre a aptidão física e cardiorrespiratória (AU)

Processo FAPESP: 13/04806-0 - Efeitos de 12 semanas de treinamento intermitente de alta intensidade sobre as concentrações intramusculares de carnosina
Beneficiário:Vitor de Salles Painelli
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado