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Participação do manganês, zinco, selênio e cobre no perfil metabólico e controle glicêmico de pacientes com e sem uso de insulina

Texto completo
Autor(es):
Livia Fernandes de Lima
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Anderson Marliere Navarro; Fernando Barbosa Junior; Marcus Vinícius Simões
Orientador: Anderson Marliere Navarro
Resumo

Diabetes Mellitus (DM) é uma patologia caracterizada pela constante hiperglicemia e pode apresentar complicações como processo inflamatório e desenvolvimento do estresse oxidativo, o qual é controlado por alguns minerais como zinco, manganês, ferro, cobre e selênio. O desequilíbrio desses micronutrientes pode aumentar o estresse oxidativo e contribuir para aumento da resistência à insulina e desenvolvimento das complicações diabéticas. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito dos micronutrientes manganês, zinco, selênio e cobre no perfil metabólico e consequentemente controle glicêmico em pacientes com DM tipo 2 com e sem uso de insulina. Para isso foram selecionados 67 pacientes no ambulatório de DM do HCRP, os quais foram separados em dois grupos: com uso de insulina (GCI; n=34) e sem uso de insulina (GSI; n=33). Dos voluntários foram analisados dados antropométricos, registros alimentares de três dias, exames bioquímicos referentes ao perfil clínico, inflamatório e estresse oxidativo e concentrações séricas e eritrocitárias de minerais pelo método de ICP-MS. Para análise dos dados, as variáveis independentes tiveram o teste T-Student aplicado ou Mann- Whitney e para as variáveis categóricas utilizou-se o Teste exato do X2 . Na avaliação das correlações entre as variáveis utilizou-se o cálculo do coeficiente de correlação de Spearman. As diferenças significativas foram obtidas com nível de significância de 5% (p<0,05). Dos 67 pacientes analisados com DM2 a maioria (90%) encontrava-se sobrepeso ou obesidade. Estes pacientes em média apresentavam elevadas concentrações séricas de glicemia, hemoglobina glicada e triglicerídeos e deficiência sérica de selênio (88,27 &micro;g/L) e cálcio (7,61mg/dL). Na análise das enzimas envolvidas no estresse oxidativo verificou-se um aumento no nível sérico do MDA (malonaldeído) e diminuição da atividade da GPX (glutationa peroxidase). Na comparação entre os grupos verifica-se que o GCI apresenta percentual do sexo feminino significantemente maior (X2= 4,35; p= 0,04), idades superiores, maiores concentrações séricas de glicemia e hemoglobina glicada. Em relação aos minerais, GCI apresenta maiores concentrações de zinco (14,71&micro;g/L; p=0,001), manganês (23,34&micro;g/L; p=0,01) e ferro eritrocitário (727,6 mg/L; p=0,008) e menores concentrações de cobre eritrocitário (0,012 &micro;g/dL; p=0,012) do que o GSI. Além disso, o GCI apresenta níveis significantemente maiores de MDA (7,46nmol/mL; p<0,0001), GSSG (30,97nmol/mL; p=0,004), GPX (33,63U/mL; p<0,0001) e menores de FRAP (0,97nmol/mL; p=0,03) e peptídeo C (1776,22pg/mL; p=0,0001) do que o GSI. Pacientes com DM2 apresentam um maior poder oxidativo e menor poder antioxidante, entretanto, os pacientes com uso de insulina demonstraram uma melhor defesa antioxidante do que os pacientes sem insulina. A via de ativação do estresse oxidativo parece depender do perfil de micronutrientes que são cofatores de enzimas antioxidantes e portanto, o perfil metabólico do paciente diabético parece ser influenciado pelo controle glicêmico, o qual dependerá do estilo de vida do paciente associado ao tipo de tratamento e também pelo perfil de micronutrientes, principalmente o zinco e manganês. (AU)

Processo FAPESP: 13/09094-8 - Disfunção tireoidiana em paciente com insuficiência cardíaca: participação de iodo, zinco e selênio
Beneficiário:Livia Fernandes de Lima
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado