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Serviços ecossistêmicos e suas vulnerabilidades às mudanças climáticas: desafios e oportunidades para a gestão ecossistêmica de praias

Texto completo
Autor(es):
Marina Ribeiro Corrêa
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE/BT)
Data de defesa:
Membros da banca:
Alexander Turra; Briana Angélica Bombana; Cristiana Simão Seixas; Thiago Zagonel Serafini
Orientador: Alexander Turra
Resumo

As mudanças ambientais globais, como as Mudanças Climáticas (MC), e seus efeitos sobre os complexos ecossistemas costeiros e oceânicos, têm levado ao desenvolvimento de novas estratégias de gestão, como a Gestão Baseada em Ecossistemas (GBE): uma abordagem sistêmica, adaptativa e com perspectiva de longo prazo. Uma das estratégias de implementação da GBE é diagnosticar vulnerabilidades socioecológicas e responder a elas com antecedência, podendo, assim, ser operacionalizada a partir da manutenção da provisão de longo-prazo de Serviços Ecossistêmicos (SE). Na América Latina e Caribe (AL&C) a implementação de novos modelos de gestão, como a GBE, é especialmente requerida para garantir a sustentabilidade das praias. Entretanto, para que se transforme uma gestão no sentido da abordagem ecossistêmica deve-se entender quais fatores existentes podem ser catalisadores ou barreiras dessa mudança. Nesse sentido, também se faz necessário investigar o contexto aplicado da gestão em nível local, reforçando o papel que os atores governamentais locais podem ter nessa transformação da gestão de praias. Porém a AL&C e o ecossistema praial carecem de estudos empíricos e teóricos sobre a implementação da GBE. Assim, o objetivo da presente dissertação foi contribuir com a discussão sobre a implementação da GBE em praias, trazendo, principalmente, aportes para o contexto da AL&C e para sua implementação em nível local. No primeiro capítulo foi feita uma reflexão geral sobre as oportunidades da incorporação da GBE na gestão de praias e os desafios para sua implementação na AL&C. Os outros dois capítulos utilizaram um estudo de caso na AL&C para investigar como a percepção dos gestores governamentais locais sobre a vulnerabilidade dos SE pode influenciar na transformação da gestão de praias local no sentido da GBE. Por meio de técnicas como levantamento e revisão documental (de políticas públicas, normas legais e literatura científica), workshops com gestores governamentais locais, análise de redes sociais e análise do conteúdo, a dissertação ampliou o conhecimento sobre a implementação da GBE em ecossistemas praiais, fornecendo subsídios para seu manejo sustentável, principalmente na gestão local e na AL&C. Portanto, junto à uma reflexão sobre as oportunidades da incorporação da GBE na gestão de praias e as possíveis barreiras e catalisadores para sua implementação na AL&C, a análise da percepção dos gestores governamentais locais sobre a vulnerabilidade dos SE reforçou a importância desses atores para a implementação da GBE e não apenas trouxe quais esclarecimentos conceituais são necessários em termos da abordagem ecossistêmica em praias, como também foi uma oportunidade de cooperação entre pesquisadores e gestores na adaptação do atual sistema de governança. (AU)

Processo FAPESP: 18/13238-9 - Serviços ecossistêmicos e suas vulnerabilidades às mudanças climáticas: desafios para a gestão ecossistêmica de praias
Beneficiário:Marina Ribeiro Corrêa
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado