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A Prática da Horticultura entre os Construtores de Sambaquis e Acampamentos Litorâneos da Região da Baía de São Francisco, Santa Catarina: Uma Abordagem Bio-Antropológica

Texto completo
Autor(es):
Veronica Wesolowski
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Walter Alves Neves; Maria Dulce Barcellos Gaspar de Oliveira; Haiganuch Sarian
Orientador: Walter Alves Neves
Resumo

A prática da horticultura entre grupos da pré-história brasileira é uma questão importante cuja investigação esbarra na ausência, quase total, de restos vegetais satisfatoriamente preservados. Por este motivo, na maioria dos casos o uso de cultivares costuma ser inferido por evidências indiretas e analogia etnográfica, principalmente para o contexto ambiental litorâneo. Alguns pesquisadores têm procurado alternativas na Antropologia Biológica tentando, assim, agregar informações biológicas e culturais, buscando construir uma matriz de informações mais complexa sobre a questão. É nesta abordagem bio-antropológica que o presente trabalho se insere, na medida em que propõe anexar aos dados arqueológicos, outros originados da pesquisa de marcadores osteológicos relacionados a mudança de subsistência e ao consumo de carboidratos. A pesquisa partiu da hipótese, construída pela arqueologia, de que os grupos responsáveis por assentamentos com cerêmica Itararé (acampamentos litorâneos) na região da Baía de São Francisco, em Santa Catarina, teriam uma subsistência baseada em produtos cultivados, enquanto que os grupos responsáveis pelos sambaquis sem cerâmica da mesma região seriam coletores-pescadores. Foram analisados os comportamentos apresentados por cárie, desgaste oclusal, perda dentária, abscessos peri-apicais, hipoplasia linear de esmalte e cribra orbitália, em 10 séries esqueletais oriundas de sítios sem cerâmica e 3 séries escavadas em sítios (ou camadas deposicionais) com cerâmica. Os vários padrões encontrados foram discutidos sob a luz das evidências arqueológicas e a partir de uma postura crítica em relação a capacidade dos marcadores osteológicos utilizados em responder questões sobre subsistência. Os resultados obtidos apontaram para a necessidade de uma revisão das hipóteses estabelecidas, quanto ao consumo de vegetais, sobre as estratégias de subsistência implementadas pelos grupos pré-históricos responsáveis por sambaquis e acampamentos litorâneos na região enfocada. (AU)

Processo FAPESP: 94/01587-2 - Antropologia fisica e padroes de subsistencia no litoral norte de santa catarina: a questao da introducao da horticultura.
Beneficiário:Veronica Wesolowski de Aguiar e Santos
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado