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Avaliação do equilíbrio, agilidade e impacto da tontura em migranosos com e sem aura

Texto completo
Autor(es):
Gabriela Ferreira Carvalho
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Debora Bevilaqua Grossi; Daniela Cristina Carvalho de Abreu; Fabíola Dach
Orientador: Debora Bevilaqua Grossi
Resumo

A migrânea é uma cefaleia primária de alta prevalência que pode estar associada a complicações isquêmicas. Danos na substância branca cerebral são verificados com maior frequência no território da circulação vértebro-basilar quando há a presença de aura e cujas repercussões clínicas são desconhecidas. O objetivo deste estudo foi identificar a oscilação do centro de pressão (COP), a agilidade e o impacto da tontura em migranosos com aura (MA), sem aura (M) e indivíduos controle (GC). Os pacientes, todos do gênero feminino, foram triados do ambulatório de cefaleia de um hospital terciário. Os pacientes foram diagnosticados com migrânea com aura ou migrânea sem aura por neurologistas especialistas em cefaleia de acordo com a ICHD-II (2004). O COP foi mensurado através da estabilometria com uma plataforma de força. A agilidade foi avaliada pelo teste Timed Up and Go (TUG) e os sintomas de tontura pelo questionário Dizziness Handicap Inventory (DHI). Foram excluídos os pacientes com obesidade, presença de vestibulopatia, doenças sistêmicas ou outros tipos de cefaleia. Foram avaliadas 92 voluntárias, sendo 31 do grupo M (38±10,0 anos), 31 do grupo MA (37±8,0 anos) e 30 do GC (33±9,0 anos). Os resultados revelaram maior oscilação no grupo MA em relação ao grupo M e GC em apoio bipodal com olhos abertos e fechados (p<0,02). MA apresentaram maior deslocamento do COP em relação ao grupo M nas situações unipodal com olhos abertos (p<0,02). Não houve diferença no tempo de realização do TUG (seg.) entre os grupos MA e M, porém ambos os grupos foram significantemente diferentes do GC (p<0,01). Sintomas de tontura foram verificados em 80% do grupo MA e 65% do grupo M, com impacto significante nas atividades de vida diária do indivíduo. A aura parece influenciar de forma significativa a estabilidade postural de indivíduos com migrânea. A migrânea (com e sem aura) compromete o equilíbrio dinâmico e mobilidade. A tontura é prevalente em indivíduos com migrânea, com impacto em vários aspectos da vida diária. (AU)

Processo FAPESP: 10/03379-2 - Avaliação do equilíbrio e agilidade em migranosos com e sem aura
Beneficiário:Gabriela Ferreira Carvalho
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado