Busca avançada
Ano de início
Entree


Composição floristica da comunidade arboreo-arbustiva de floresta ciliar do rio Piedosa e Brejinho em Juramento, norte de Minas Gerais, e a influencia de fatores ambientais na distribuição das especies

Texto completo
Autor(es):
Aneliza de Almeida Miranda Melo
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Flavio Antonio Maës dos Santos; Rafael Silva Oliveira; Ricardo Ribeiro Rodrigues; Eduardo van den Berg; Adriana Maria Zanforlin Martini
Orientador: Flavio Antonio Maës dos Santos
Resumo

Uma das questões básicas em ecologia é tentar entender quais são e em quais escalas os fatores ambientais influenciam a distribuição das espécies. Assim, as variações espaciais da distribuição de espécies arbóreo-arbustivas e da diversidade, bem como suas relações com fatores do ambiente (umidade do solo, propriedades trsico-quimicas do solo, topografia do relevo e condições de luz na floresta) foram estudadas em diferentes escalas, nas Florestas Ciliares das microbacias do rio Brejinho (16°52'51"-16"53'05"8; 43°32'56"- 43°33'52'W) e do rio Piedosa (16°51'42"-16°52'14"8; 43°31'54"- 43°31'55"W), e entre essas microbacias. A composição floristica e as variáveis ambientais foram medidas no periodo de janeiro/2005 a março/2006 em 26 parcelas de 20 x 30 m por mjcrobacia, distantes entre si de 17 até 711 m, no sentido nascente-foz, e de cerca de 2120 m entre microbacias. No capitulo 1, ocorreu diferença temporal da umidade do solo e da luz entre as estações do ano nas respectivas microbacias, mas as diferenças temporais em cada área não afetaram as relações de diferença no espaço. Variações topográficas locais, bem como textura do solo, foram as responsáveis pela heterogeneidade dos recursos ambientais disponiveis em diferentes escalas, uma vez que fertilidade e umidade estiveram correlacionadas a esses fatores, regional, entre microbacias, e localmente, ao longo da microbacia. Nem sempre essa variação ambiental esteve relacionada aos gradientes estabelecidos entre a nascente e a foz dos rios, podendo também ser entre margens. Além disso, as amostra~ em uma mesma comunidade foram mais semelhantes entre si que as de diferentes comunidades, ainda que ocupem a mesma localização no gradiente topográfico nascente-foz. No capitulo 2, no geral, as variações topográficas, bem como fatores a elas interligados, como a fertilidade e umidade, foram os responsáveis pela estrutura da vegetação e distribuição das espécies na escala local e regional. Assim, os padrões ecológicos que ocorrem em pequenas escalas resultantes das variações ambientais locais possivelmente são os determinantes da distribuição das espécies local e regionalmente. No capitulo 3, a diversidade entre parcelas e margens numa mesma microbacia, ou seja, localmente, foram as que mais contribuiram para a diversidade total. Logo, os padrões de diversidade observados em escalas menores determinam o padrão observado em escalas maiores, e a diversidade em escala maior, regional, é dependente de processos ecológicos locais, como variabilidade ambiental, resultando em variação da composição de espécies entre locais, onde a variabilidade topográfica, e também a textura, e fatores a elas correlacionados, como umidade, foram os responsáveis pela diversidade. Assim, somente através de estudos em diferentes escalas é possivel identificar a escala de atuação e/ou a extensão dos efeitos da variabilidade local, bem como, saber quais fatores ambientais são relacionados à distribuição e a diversidade das espécies. (AU)

Processo FAPESP: 03/13378-0 - Composicao floristica e estrutura da comunidade arborea-arbustiva e mata de galeria em duas micro-bacias da regiao de cabeceira do rio verde grande/mg, e a influencia dos fatores ambientais na ...
Beneficiário:Aneliza de Almeida Miranda Melo
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado