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Prostate cancer and oxidative stress: analysis of the expression and therapeutic potential of the sulfiredoxin enzyme = Câncer de próstata e estresse oxidativo : análise da expressão e do potencial terapêutico da enzima sulfiredoxina

Texto completo
Autor(es):
Caroline Nascimento Barquilha
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Sérgio Luis Felisbino; Sabrina Thalita dos Reis Faria; Wagner José Fávaro
Orientador: Sérgio Luis Felisbino
Resumo

O câncer de próstata (CaP) é o segundo mais frequente e o segundo de maior taxa de mortalidade entre os homens. Apesar do avanço nas terapias contra o câncer, ainda é necessária a busca por novos alvos terapêuticos, especialmente para os estágios metastáticos do CaP que são resistentes aos tratamentos disponíveis. Considerando o importante papel das vias antioxidantes na carcinogênese e na sobrevivência das células tumorais, nossa hipótese era que genes envolvidos na regulação do estresse oxidativo seriam alvos potenciais. Assim, nosso objetivo foi identificar e validar, dentre os genes de vias antioxidantes, um alvo terapêutico para o CaP, bem como avaliar como diferentes fatores modulavam sua expressão gênica e proteica. Primeiramente, analisamos dados de transcriptoma (RNAseq) de tumores prostáticos de camundongos transgênicos Pb-Cre4;Ptenf/f em busca de genes diferencialmente expressos no CaP (up-regulados) e, dentre os genes relacionados ao estresse oxidativo, selecionamos o da enzima antioxidante sulfiredoxina (SRXN1) para validações funcionais. Pelo transcriptoma, observamos a superexpressão gênica de Srxn1 no CaP, a qual se refletiu na expressão proteica também aumentada desta enzima, observada por imunohistoquímica em cortes de tumores de próstata dos camundongos. Análises em banco de dados de CaP humanos já publicados também confirmaram a up-regulação de SRXN1, principalmente em pacientes de pior prognóstico, menor sobrevida livre de progressão/doença. Posteriormente, confirmamos a expressão aumentada da SRXN1 em nossas próprias amostras de tumores de próstata humana (tissue microarray), a qual também estava associada aos pacientes com pior prognóstico e menor sobrevida. Ainda, realizamos ensaios in vitro para analisar o padrão de expressão de SRXN1 em linhagens celulares de próstata normal (RWPE-1 e PNT-2) e cancerosas (LNCaP e PC-3), bem como o silenciamento do RNAm para SRXN1 nas células tumorais LNCaP. Também expusemos as células prostáticas à testosterona, flutamida, fibronectina e H2O2 para melhor compreender a modulação da expressão proteica e gênica de SRXN1 no CaP. As análises in vitro demonstraram que as linhagens celulares de CaP expressam mais SRXN1 do que as normais e que a inibição do RNAm para SRXN1 diminui a viabilidade das células tumorais. Foi observado que a expressão proteica e gênica dessa enzima são diferencialmente moduladas por testosterona, flutamida, fibronectina e H2O2 nas linhagens de células prostáticas, as quais possuem diferentes mecanismos de resposta ao estresse oxidativo e metabolismos distintos. Assim, nosso trabalho aponta a enzima SRXN1 como um potencial alvo terapêutico para o CaP metastático. Dentro do contexto da medicina de precisão, nossos resultados sugerem que o uso de inibidores seletivos para SRXN1 pode ser uma estratégia efetiva para o tratamento adjuvante do subgrupo de pacientes com CaP que tem superexpressão dessa enzima. Ainda é necessário um melhor entendimento sobre como a expressão de SRXN1 é regulada nas diferentes fases de progressão do CaP para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas a partir do uso de inibidores para SRXN1 (AU)

Processo FAPESP: 16/25945-6 - Câncer de próstata e estresse oxidativo: análise da expressão e do potencial terapêutico da enzima sulfiredoxina
Beneficiário:Caroline Nascimento Barquilha
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado